Otite em bebês: sintomas da infecção no ouvido, prevenção e tratamento

Otite em bebês: sintomas da infecção no ouvido, prevenção e tratamento

Otite em bebê

A otite em bebês pode ter causas virais e bacterianas presentes no dia a dia.

 

Os bebês, por ainda estarem desenvolvendo diversas partes de seu corpo e organismo, costumam ter um sistema imunológico muito frágil e estão mais suscetíveis a doenças do que nós adultos. Neste contexto, uma das doenças mais comuns é a otite em bebê.

Principalmente nos primeiros meses e anos de vida, nossos filhos chorem ao sentir pequenas e grandes dores ou fiquem mais abatidos com gripes, por exemplo. Com a otite em bebê não é diferente. Afinal, esta é uma inflamação/infecção que pode ser causada por problemas prévios e, caso não tratada corretamente, pode trazer muita dor e incômodo para a criança.

Neste texto, confira como a otite nos pequenos é causada, no que consiste seu tratamento e as formas de prevenir este problema.

 

Otite em bebê: o que é e quais são suas causas?

A otite é uma dor de ouvido, geralmente causada por bactérias, vírus ou fungos que resulta em uma inflamação e/ou infecção. Este problema pode aparecer após episódios de resfriados, gripes, sinusite e adenoidite - inflamação ou infecções nas cavidades nasais, atrapalhando a passagem de ar pelo nariz - e a aparição da otite pode ser recorrente em algumas crianças.

Isso porque, como o sistema imunológico delas ainda é fraco, é comum que mais de uma gripe o atinja. Assim, é importante também manter as vacinas em dia, principalmente a vacina da gripe em crianças. Até os seis anos de idade, a otite (também conhecida como otite média aguda, a OMA) atinge cerca de 60% das crianças, em especial causadas por bactérias.

Bebê com dores no ouvido

 

Este número muda quando o quadro é em crianças de até 2 anos de idade: cerca de 30% a 40% dos casos de otite em bebê são causados por vírus. Normalmente, a otite em bebê é acompanhada de um resfriado ou de outros tipos de infecções respiratórias, com a presença de secreções.

 

Principais causas da otite em bebê

A otite em bebê pode surgir tanto através das condições citadas acima (como bactérias e vírus) quanto pela presença de água no ouvido remanescente dos banhos, por exemplo. Porém, algumas doenças também podem causar o surgimento da otite. Entre elas, podemos citar:

 

Caxumba

A caxumba é uma infecção causada através de vírus que atinge as glândulas do corpo, especialmente as salivares (conhecidas como parótidas) localizadas abaixo e na frente da orelha. Seus principais sintomas são inchaço, dor de garganta, febre, dor de cabeça, fadiga, dores ao mastigar e ao engolir. É neste último que os casos de otite em bebê costumam aparecer.

 

Gripe (Influenza tipo A)

A gripe é uma das causas mais comuns de doenças, independente da idade. Nos bebês, além dos sintomas como coriza, congestão, febre, tosse e, em alguns casos, inflamação da garganta, também podendo causar a otite.

 

Pneumonia

A otite em bebê pode ter relação com a pneumonia

 

A pneumonia, principalmente nos bebês, é uma doença fatal a se ficar alerta. Nos pequenos, elas surgem por meio de bactérias e resultam na infecção (pus) ou líquido nos pulmões. A tosse é um sintoma muito comum aliado à dor de garganta, que, caso se agrave, também causa a otite, assim como as causas citadas acima.

 

Fatores mais incomuns

Uma outra causa da dor de ouvido são as malformações, que podem causar aberturas maiores que o comum ou obstruções no ouvido do bebê. Porém, neste caso, a tuba auditiva é uma das mais prejudicadas por ainda não estar completamente formada, estando mais sujeita a inflamações. Fatores como alergias, idas precoces às creches, refluxo, uso de antibióticos e convivência com fumantes também podem aumentar a predisposição.

 

Como saber se meu bebê está com otite?

Agora que já sabemos algumas das principais causas da otite em bebê, é importante também saber como identificá-la para melhorar o bem estar de seu pequeno através do tratamento do problema. O choro excessivo é um dos sintomas mais perceptíveis; porém, não confunda com os choros cotidianos. É comum que os bebês chorem quando estão com fome, com sono ou até quando fazem xixi ou cocô na fralda.

Eles costumam chorar para se comunicar com a mãe e dizer que estão desconfortáveis. Assim, quando a causa é uma dor - neste caso, a dor de ouvido -, o choro dos pequenos costuma ser incessável.

Quando a otite aparece, o choro do bebê parece não parar mesmo que você já tenha tentado de tudo para acalmá-lo e checado todo o seu corpinho atrás de algum problema. Neste caso, o ideal é levar o bebê ao pediatra, pois as chances de ser uma infecção de ouvido ou outras infecções é alta.

Médico examinando ouvido da criança

 

Além do choro, um comportamento a se observar é a linguagem corporal do bebê. Por exemplo, se ao chorar, o bebê também leva as mãozinhas para a região da cabeça e especificamente da orelha. Outro movimento corporal muito comum quando os bebês estão com dor de ouvido é o de mexer e/ou balançar muito a cabeça, repetidamente. Isso ocorre pois esse movimento está relacionado à tentativa da criança de reduzir a dor.

A dor de ouvido causada pela otite também pode se manifestar de outra forma, através da falta de apetite da criança; normalmente, a criança deixa de comer ou de mamar e isso pode estar relacionado a algum desconforto, como a dor de ouvido. 

Por fim, também podemos identificar uma dor de ouvido quando a criança se deita apenas de um lado, por conta da dor. Assim, a dor de ouvido também atrapalha no sono do bebê. Os papais também podem identificá-la por meio do toque: por exemplo, ao amamentar, passando o dedo na região do tragus da criança, caso o bebê chore com a leve pressão, é provável que seu ouvido esteja doendo.

Outros sintomas mais ‘críticos’, como o vazamento de pus, febre, mal estar, náuseas e vômitos são mais perceptíveis, porém são mais comuns quando a infecção está mais agravada.

 

O tratamento da otite em bebês

Como já dito acima, por ter um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, o cuidado com os bebês deve ser redobrado, principalmente nos casos de infecção, como é a otite. Assim, após a ida ao clínico geral ou pediatra, o médico irá examinar o ouvido do bebê e verificar se há a presença de secreções, vermelhidão, inchaço ou qualquer outro sinal de infecção no ouvido.

Criança tendo seu ouvido examinado

 

O tratamento costuma ser feito com o uso de antibióticos, corticoides e anti-inflamatórios; é comum que o pediatra indique o uso de algumas gotinhas de analgésico prescrito para pingar dentro do ouvido do bebê. Porém, se não houver melhora, principalmente nas próximas 48h da primeira visita ao médico e utilizando as medicações, é importante que os papais retornem com a criança ao pediatra.

Isso porque, caso a inflamação e a dor de ouvido se agravem, é necessário que o profissional médico realize uma pequena cirurgia para a remoção do muco. O procedimento é feito através da inserção de um tubo de ventilação no canal auditivo, o qual fará a drenagem do muco no tímpano em algumas sessões. O procedimento também é acompanhado por um otorrinolaringologista.

É importante tratar a otite pois, caso seja agravada, além das condições acima piorarem, ela também pode se transformar num caso de meningite. A meningite é um problema grave pois se trata da inflamação das meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central (medula espinhal e cérebro), que pode ser mais grave para os pequenos.

A meningite é uma das consequências da otite do bebê, caso esta não seja devidamente tratada

 

Para auxiliar no tratamento, acolher o bebê e cuidar de sua alimentação são atitudes ao alcance dos pais. Faça com que o bebê beba bastante líquido e invista em alimentos pastosos, como sopas, purês, frutas amassadas e iogurtes, pois engolir alimentos maiores pode aumentar a dor de garganta e desconforto do bebê.

 

A prevenção é o melhor remédio

Para evitar estas idas estressantes ao médico, podemos cuidar previamente da saúde dos pequenos e evitar que as dores de ouvido apareçam com frequência. O principal meio de prevenção da otite em bebê é não utilizar as hastes flexíveis - os famosos cotonetes -, principalmente após o banho. Isso porque o uso desta ‘ferramenta’ faz com que uma fricção seja criada no local e desloca as ceras.

Essa ‘camada’ produzida pelas glândulas ceruminosas serve como uma proteção para os ouvidos. Assim, sem elas, a pele está suscetível a bactérias contaminadas. Outra maneira quase 100% eficaz de prevenir as otites e seu agravamento é a vacinação contra a meningite.

Não deixe de vacinar seu bebê contra a meningite

 

As vacinas têm papel importante na infância para protegê-los de diversas doenças, inclusive a meningite. As principais vacinas no esquema vacinal infantil são a BCG, a Penta, as Pneumocócicas 10, 23 e 13-valente e as meningocócicas B, C e ACWY. Caso a criança faça natação e esteja em contato com bastante água no ouvido, uma solução simples é o uso de toucas e protetores de ouvido.

O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e cuidar para extrair todas as secreções da criança são ações básicas, porém essenciais para a prevenção da otite. 

Por fim, é importante cuidar da prevenção e do tratamento pois, quando grave, a otite pode deixar sequelas até a vida adulta, como perda cognitiva nos processos de aprendizagem, perda auditiva e até a surdez.

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