Veja quais são as fases do bebê desde sua concepção até o primeiro ano de vida.
Com a descoberta da gravidez, muitas dúvidas acompanham os pais, especialmente os de primeira viagem. Entre elas estão as fases do bebê, desde a barriga até seus primeiros anos de vida.
Vários pais não entendem como funciona a contagem das semanas de gestação, bem como os meses em que o bebê vai se desenvolvendo após o nascimento.
Por isso, vamos esclarecer as dúvidas sobre o tema ao longo deste texto.
Fases do bebê na gestação
O início de tudo se dá na concepção, em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, originando o feto. A partir disso, já se inicia a contagem das semanas da gestação da mulher.
Com as características genéticas - além do sexo definido - no primeiro mês, o bebê começa a ter sua cabeça formada. Geralmente, é nesse momento que as mamães passam a sentir os primeiros enjoos.
Ainda no primeiro mês, por volta da quarta semana após a concepção, institui-se o processo embrionário, no qual as células se juntam para formar os órgãos do corpo e o cérebro. Assim, a mamãe já é capaz de transferir oxigênio e nutrientes para o pequeno.
O segundo mês de gestação é o início da fase de formação do bebê, com seus órgãos e sistemas, mas ela perdura até os 9 meses de gestação. Ao fim dessa etapa, o coração já começa a bater. Surgem também as orelhas, pálpebras, tornozelos, bem como os dedos da mão e do pé.
No terceiro mês, o bebê se apresenta com a aparência na qual estamos habituados e, através de ultrassonografias, já é possível ouvir seus batimentos cardíacos. Nessa fase, os órgãos sexuais começam a se formar, assim como o queixo, o pescoço e os rins.
O quarto mês, por sua vez, já permite notar a barriga da mamãe. É também nesse estágio que o feto passa a mover-se, chutar e engolir. Sua pele é rosada e transparente. Esse mês é um dos mais esperados pelos futuros pais, pois nele é possível identificar o sexo do bebê.
No quinto mês, a mamãe já começa a sentir os movimentos do pequeno dentro do seu corpo. Nesse momento, é fundamental que ambos tenham oito horas de sono por dia.
Além disso, o sistema nervoso do bebê alcança a perfeição no funcionamento, e sua fisionomia vai ganhando maior definição (formam-se os lábios e os brotos dentários).
Sexto mês: o cérebro do bebê continua a se desenvolver em ritmo acelerado, e ele engorda com mais rapidez. É nesse período que todos os órgãos do corpo se aproximam da perfeição, preparando-se para a hora do nascimento.
No sétimo, o bebê procura a melhor posição para o sair ao mundo, e o cérebro já passa a controlar o ritmo de respiração e a temperatura corporal.
No oitavo mês, o bebê já aprendeu o movimento de sucção para conseguir mamar assim que deixar o útero. Finalmente, o nono mês: aqui, todos os sistemas e órgãos do bebê já estão formados. O pequeno está preparado para chegar a qualquer momento e transformar a vida dos pais.
No entanto, as fases do bebê não param por aí!
Fases do bebê nos primeiros 6 meses
As fases do desenvolvimento do bebê a partir de seu nascimento até seus três primeiros meses de vida é um momento delicado, no qual o cérebro do bebê ainda está na parte inicial de formação. Isso exige cuidados redobrados aos pais.
No primeiro mês, ele ainda não consegue controlar sua musculatura, tampouco enxergar com precisão, pois ao longo da gestação essas funções não eram exigidas.
O alcance da visão de um recém-nascido varia entre 20 e 30 centímetros - mais ou menos, a distância entre seu rosto e o da mãe durante a amamentação.
Como o sistema auditivo é criado ainda na barriga da mãe, o bebê, ao nascer, já conta com ele em funcionalidade integral. Portanto, é provável que, após 20 dias, o bebê comece a reconhecer a voz da mãe e do pai, emitam grunhidos e movimentem a cabeça de acordo com o som identificado.
Agora, partimos para a visão, que desenvolve-se melhor a partir do segundo mês, pois nessa etapa ocorre a conexão das duas retinas, permitindo ao bebê fixar e acompanhar a movimentação de objetos e pessoas com maior clareza. Ele é capaz também de ver detalhes nos rostos.
O terceiro mês caracteriza-se pela diminuição no ritmo das cólicas nos bebês. Além disso, o bebê passa a reconhecer gostos, textura, consistência e volume sonoro.
Devido à nova descoberta, a partir daqui os pequenos mostram uma conhecida mania: morder a mãozinha, levando objetos à boca com frequência.
O movimento descrito acima - somado ao ato de puxar o pezinho - é um bom sinal, pois indica que sua musculatura está se desenvolvendo corretamente, bem como seu sistema neural. Dada essa intensa atividade neural, o bebê chega a dormir, em média, 15 horas por dia no terceiro mês.
Essa é uma das fases do bebê que os pais mais gostam. No quarto mês de vida, a criança fica mais ativa, brincalhona e sorridente. Nessa etapa, os bebês passam a dormir mais durante a noite e ficam mais ativos de dia.
A região da boca continua sendo a área de reconhecimento de objetos, texturas e sabores, em período conhecido como fase oral, na qual os mordedores entram em ação.
Além disso, é comum o bebê ficar de bruços nesse período, o que ajuda a erguer e fortalecer o tórax. Importante ressaltar que, no quarto mês, as mãos do pequeno já devem abrir e fechar. Caso contrário, atenção, pois pode ser indício de algum tipo de problema neurológico.
No quinto mês, intensifica-se a interação do bebê com os familiares. Aqui, a musculatura da cintura se fortalece, permitindo que a criança se movimente ainda mais e consiga até ficar sentada - sempre com auxílio dos pais.
Nessa fase, é importante que os responsáveis comecem a fazer a transição de objetos, como mamadeiras, chupetas e copinhos. Com o movimento das mãos mais aguçado, já é possível adotar o copinho de transição para o bebê aprender a segurá-lo.
Aos seis meses de vida, caso tudo esteja bem com a saúde do bebê, ele provavelmente já estará ativo dada a evolução da musculatura, levantando-se e se sentando, com apoio dos pais e almofadas.
Para desenvolver ainda mais o sistema motor, deixe sempre os brinquedos próximos ao bebê, de modo que ele tente pegá-los sozinho.
Ainda no sexto mês ocorre a etapa de separação, ou seja, fase do bebê em que o pequeno não gosta de ficar sozinho sem o contato visual da mamãe, papai ou cuidador, pois já reconhece o ambiente e as pessoas que lhe darão segurança.
Assim, ao ficar só, a tendência é que entre em desespero e, somente após o socorro dos pais ou de alguém próximo, é que o bebê começa a se acalmar.
Início da Introdução Alimentar
Com seis meses, muitos pais se perguntam se é possível e como deve ser feita a introdução alimentar. O pediatra e o nutricionista do bebê darão sinal verde para realizá-la.
Nessa idade, recomenda-se introduzir outros alimentos na dieta, ao mesmo tempo em que, na medida do possível, o aleitamento continue até os 2 anos de idade.
A exposição a novos alimentos deve ocorrer de maneira gradual. Algumas crianças podem estranhar no início, recusando determinados alimentos - atitude normal, pois trata-se de uma experiência totalmente nova para elas.
Por isso, caso o bebê recuse, não insista, mas ofereça novamente em outra ocasião.
De acordo com pediatras e nutricionistas, o ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto macro (proteínas, carboidratos e gorduras), quanto micro (ferro, zinco e vitaminas).
Portanto, você deve unir representantes dos quatro principais grupos alimentares: hortaliças e frutas; carnes e ovos; cereais, tubérculos e grãos.
Além disso, pelo menos até o oitavo mês, é necessário adicionar componentes como ovos, peixes e glúten, de modo que o bebê crie resistência a alergias e evite problemas mais graves de intolerância.
A partir do sétimo mês
O desenvolvimento do bebê a partir do sétimo mês acontece de forma mais acelerada. O pequeno já consegue movimentar as pernas e os braços com melhor postura e coordenação motora, bem como sentar e iniciar o movimento de engatinhar.
Nessa fase, o movimento das mãos se estenderá ao restante dos dedos entre o oitavo e o nono mês. Ocorre também uma melhora na pega, indicando que os ossos do bebê estão endurecendo. Diante desse amadurecimento, entre sétimo e nono mês, a criança pode bater palma.
No oitavo mês, o bebê é capaz de locomover-se engatinhando, já possuindo as ferramentas para segurar objetos por mais tempo, pois utiliza a estrutura de pinça com os dedos indicador e polegar.
Nessa fase, é possível também o bebê se sentar sem apoio para as costas e pronunciar parcialmente algumas palavras desconexas.
Ainda no oitavo mês, a criança passa a compreender as atitudes, gestos e falas de forma mais qualificada, a ponto de entender parcialmente quando alguém lhe diz “não”, parando o que estava fazendo anteriormente.
Vale destacar também o surgimento da percepção de que as coisas vão e voltam.
Já no nono mês, o bebê cria uma independência, sendo frequentemente capaz de tomar decisões por conta própria, algo bastante positivo para seu desenvolvimento intelectual.
Ainda nessa idade, para chamar a atenção dos pais, o bebê utiliza alguns sons e grunhidos - em alguns casos, como citado anteriormente, fala as tão esperadas primeiras palavras.
Entre o décimo mês e o primeiro ano de idade, as características adquiridas pelo pequeno são praticamente as mesmas. A diferença é que elas vão se evoluindo.
Nessa fase do bebê, ficar em pé é quase incontrolável, e os pais devem deixar que isso aconteça, mas sempre supervisionando.
Por fim, agora que você já sabe como e quando ocorre cada fase do desenvolvimento do bebê - desde a barriga até seu primeiro ano de vida - é só ficar de olho na evolução do pequeno.
Observe se há algo de errado, procure o pediatra e, acima de tudo, aproveite esse momento que passa tão rápido.