O que é moleira? Conheça a estrutura e saiba como cuidar

O que é moleira? Conheça a estrutura e saiba como cuidar

O que é moleira?

Descubra o que é moleira e como tomar todos os cuidados com seu bebê até ela fechar.

Além dos cuidados necessários com a mãe durante o puerpério, o recém-nascido também requer diversos cuidados especiais para reduzir as complicações durante seus primeiros meses de vida. Neste contexto, um desses principais cuidados deve ser com a moleira. Mas, ora, você sabe o que é moleira?

Primeiramente, antes de sabermos o que é moleira, é preciso conhecer a estrutura da cabeça de um recém-nascido. Formada por seis ossos e algumas suturas (tecidos elásticos) que protegem o cérebro, ela é uma região extremamente sensível, principalmente durante os primeiros 6 meses de vida.

Agora sim, chegou a hora de entender o que é moleira! Com o nome científico de fontanelas, as moleiras são as duas regiões mais “macias” na cabeça de um recém-nascido. Estas, denominadas anterior e posterior também podem ser encontradas nas laterais da cabeça do bebê.

Você já sabe o que é moleira. Mas qual a sua função? Por que ela existe?

Mão apontando à moleira do bebê

 

As moleiras são espaços membranosos e macios que funcionam como separadores entre os ossos do crânio do bebê, possibilitando sua movimentação. Assim, elas existem para que, durante o parto, a passagem da cabeça do bebê se torne mais fácil pelo canal vaginal, independente do parto ser normal ou cesárea.

Além disso, outra função importantíssima das moleiras é a proteção que elas fornecem ao cérebro do bebê até que sua formação esteja completa. Afinal, devemos lembrar que qualquer trauma sofrido pode gerar complicações no desenvolvimento cognitivo e motor da criança.

Em quanto tempo as moleiras fecham?

Ajudamos a entender o que é moleira ao compreender seu processo de fechamento

 

Além de saber o que é moleira, outra dúvida muito frequente diz respeito à duração dessa estrutura. 

A moleira localizada na parte da frente da cabeça do bebê, mais conhecida como anterior, demora mais tempo para se tornar mais sólida por ser um pouco maior. Esta pode levar de 12 a 18 meses para seu fechamento total.

Já a da parte de trás da cabeça, conhecida como posterior, leva menos tempo: cerca de 2 meses. De maneira geral, com até 2 anos de idade, seu bebê já terá sua cabeça dura e com o crânio formado completamente. Vale dizer, porém, que este prazo pode variar em alguns casos.

Em alguns bebês o fechamento dessas moleiras pode ocorrer em um tempo menor (entre 4 e 6 meses). Tais ocasiões merecem atenção, já que o fechamento precoce pode gerar algumas complicações que abordaremos ao longo deste texto.

Quais cuidados tomar com a moleira?

Saber o que é moleira não é suficiente. Os familiares devem saber como cuidar dessa região extremamente sensível do bebê. 

Muitos dizem que não se pode tocar na moleira do bebê, mas, a verdade é que é permitido tocar e acariciar a cabeça do bebê por completo, desde que de maneira delicada

O que não pode ser feito, de maneira nenhuma, é provocar algum trauma ou apertar a região. Afinal, como já sabemos, as moleiras são estruturas de grande sensibilidade!

Bebê sorridente

 

Outro cuidado importante é evitar o uso de faixas e outros acessórios que possam apertar a cabeça e, consequentemente, as moleiras do bebê.

Junto de tudo isso, o acompanhamento mensal do crescimento do crânio e do fechamento das moleiras da criança junto ao pediatra é recomendado. 

Como as moleiras devem e não devem aparentar

Já sabemos o que é moleira e os cuidados que elas demandam. Mas, além disso, é importante saber como elas devem aparentar. Assim, é possível identificar possíveis anormalidades e apressar uma ida a um pediatra, antes do prazo periódico recomendado.

Antes de tudo, é preciso saber que uma moleira saudável não deve estar funda nem saltada na cabeça da criança. 

Normalmente, quando o bebê está deitado, as moleiras se apresentam num formato plano. Já em posição vertical, elas podem ser levemente mais baixas, mas não fundas

Elas também não devem aparentar mais altas ou muito saltadas quando o bebê estiver em pé ou sentado. Vale ficar atento também ao fato de que as moleiras podem apresentar uma leve pulsação.

Na maioria dos casos, estas pulsações são completamente normais. No entanto, se forem observadas alterações no ritmo e frequência dessas pulsações, é necessário ter uma atenção adicional para cada caso. 

Abaixo, separamos alguns casos para serem observados em seu bebê:

Maior pressão

Caso a moleira de seu bebê venha a pulsar com mais pressão que o normal, é possível que a criança tenha realizado um maior esforço como choro ou ainda esteja sendo acometida por febre, tosse ou cólica. Além da questão da pulsação, podemos analisar deformações na moleira, sendo baixas ou altas.

O que é moleira baixa (ou funda)?

Se a moleira do seu recém-nascido estiver baixa ou até mesmo funda, pode ser um indicador de que o crescimento do crânio esteja em um nível menor do que o esperado. Além disso, estes quadros também podem indicar desidratação ou outras possíveis doenças identificáveis pelo pediatra.

O que é moleira alta?

Agora, caso a moleira de seu bebê se encontre alta, isto é um possível indicador de que a pressão craniana do bebê tenha aumentado e ou que esteja sendo acometida por uma infecção. Aqui, é extremamente importante que o bebê seja levado para acompanhamento médico.

O que fazer caso a moleira feche precocemente?

Como já citado anteriormente, em casos esporádicos a moleira do bebê pode se fechar precocemente. Isto é entre os 4 e 6 meses de vida. 

Em média, estas situações acometem uma em cada duas mil crianças.

Conhecido como cranioestenose ou popularmente como “doença da moleira fechada”, o fechamento precoce da moleira pode trazer algumas complicações para o desenvolvimento cerebral do bebê. 

Uma das características mais notáveis da cranioestenose é o formato da cabeça do bebê alterado, podendo ser notada no nascimento ou logo após o nascimento, podendo ser confirmada por meio de Raio-X. Ela pode ser corrigida por meio de cirurgia a fim de retomar o formato normal do crânio, além de evitar futuras complicações.

Isso pode ocorrer por conta da herança genética de características específicas da mãe, pai ou de ambos. Por exemplo, ao ter os genes das Síndromes de Pfeiffer, Crouzon ou de Apert, as crianças têm uma alteração genética responsável pela doença da moleira fechada.

Também, em outros casos, pode estar ligada à influência de causas indefinidas, crescimento, posição fetal ou outras condições da gravidez como falta de líquido na bolsa amniótica e limitação do crescimento intrauterino.

E quando a moleira é muito grande?

Crânio de uma criança pequena

 

Também conhecidas como “fontanelas excessivamente grandes”, moleiras muito grandes (tamanho acima dos dois dedos na moleira anterior e de um dedo na posterior) podem gerar problemas para o bebê.

Nos casos mais comuns, elas ocorrem normalmente em recém-nascidos prematuros ou com crescimento restrito durante o período de gestação.

Outra causa que também é extremamente frequente é a hidrocefalia, a qual consiste no excesso de líquido céfalo-raquidiano que fica em volta do cérebro e da medula espinhal da criança. Como há uma grande quantidade desse líquido, consequentemente a pressão na cabeça aumenta e pode resultar em uma hipertensão intracraniana.

Além dessas causas, a moleira muito grande também pode advir de excessos de vitamina (principalmente a vitamina A), alterações tireóideas e doenças como o raquitismo, que afeta diretamente na formação dos ossos. 

Cuidados adicionais e preventivos

Agora que sabemos o que é moleira, suas funções, sua duração, como devem e não devem ser, como cuidar das mesmas e muitas outras informações, podemos nos atentar para os chamados cuidados adicionais e preventivos.

Acompanhamento médico

Medição da cabeça do bebê

 

É sempre necessário frisar a importância do acompanhamento médico, principalmente nos primeiros meses pós-nascimento do bebê. Isso porque este é o período em que ocorrem diversas alterações no crescimento interno e externo da criança.

Observando cada uma dessas etapas, o médico poderá orientar os pais da melhor maneira em cada fase da vida de seus filhos.

Por isso, nos primeiros meses de vida, é normal que o bebê seja levado ao pediatra no mínimo 3 vezes ao mês. Passado este período, essa frequência vai diminuindo, ao passo que as mudanças passam ocorrer de maneira menos acelerada. 

Cuidados com a moleira na hora do banho

Bebê tomando banho

 

Os cuidados com os recém-nascidos na hora do banho têm de ser redobrados, sobretudo com a região da cabeça e das moleiras. 

Por isso, ao lavar o cabelo, é necessário bastante cuidado ao massagear a cabeça do bebê, sem fazer grandes pressões. Você que já sabe o que é moleira, sabe que um descuido neste momento pode gerar traumas ao bebê!

Cuidados ao segurar o bebê

Saber o que é moleira é fundamental no cuidado com o bebê

 

Embalar uma criancinha é uma atividade para lá de prazerosa. Mas é preciso zelar pela saúde destes pequenos nestas práticas e redobrar a atenção com as visitas mais carinhosas ao recém-nascido. 

É necessário deixar clara a importância de se segurar cuidadosamente a cabeça do bebê para não pressionar ou amassar a região de moleiras. Principalmente nos primeiros meses, onde elas se encontram extremamente sensíveis. 

Além disso, segurar o bebê de maneira correta também evita acidentes como quedas, choques e traumas nas regiões ainda em crescimento da criança.

Em resumo, é sempre bom ficar muito atento às moleiras de seu bebê. Elas são as guardiãs do desenvolvimento cerebral do recém-nascido e qualquer dano a elas pode prejudicá-lo em sua fase de crescimento e diversas alterações corporais.

Sempre que possível, lembre-se sobre o que é moleira, os cuidados que ela exige e sua importância para a proteção ao cérebro e espaço de movimentação dos ossos do bebê.

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