‘Crise dos 2 anos’: saiba como lidar com essa fase

‘Crise dos 2 anos’: saiba como lidar com essa fase

Crise dos 2 anos

A crise dos 2 anos é uma fase importante de autoconhecimento e aprendizado tanto para os pequenos quanto para os pais.

 

Muitos costumam dizer que a vida é feita de fases - e essa frase também serve para a infância. Os bebês, principalmente quando estão nos períodos mais rápidos de crescimento, costumam ter diferentes fases de comportamento. Assim, alguns acreditam que pode ser birra da criança, malcriação ou algo do tipo, quando, na verdade, apenas estão passando pela crise dos 2 anos, a famosa adolescência do bebê.

Durante essa fase, muitas mamães e papais podem ficar com dúvidas de como disciplinar sua criança. Por isso, hoje, te orientamos a lidar com a crise dos 2 anos e explicamos por que ela acontece. Vem com a gente!

 

Por que a crise dos 2 anos acontece?

Também conhecida como os ‘terrible twos’ - ou, em tradução livre, os ‘terríveis dois’ (anos) -, a crise dos 2 anos é uma fase caracterizada por birras e/ou pelo ‘mau humor’ do bebê. O nome é devido ao seu tempo de duração e não à idade que a ‘má fase’ começa. Porém, pode calhar de ambos baterem. É comum que a crise dos 2 anos comece a partir do 1 ano e meio de idade da criança e perdure até seus 4 anos.

Durante esse tempo, a criança está começando a desenvolver suas capacidades cognitivas e, assim, desenvolvendo também sua autonomia e independência (não como um adulto, mas como um pequeno ser humano que tem vontades). Porém, como é uma nova fase da vida e um novo período de descobertas, os nossos pequenos podem se irritar ao não ter algo do jeito que querem, conhecendo a tão famosa crise dos 2 anos.

Choros são comuns durante a crise dos 2 anos

 

Do ponto de vista científico, a crise dos 2 anos está ligada diretamente ao desenvolvimento cerebral da criança. Isso porque a parte do cérebro que é responsável por resolver problemas e pensar de forma analítica, o neocórtex, ainda não está completamente desenvolvido nos pequenos.

Além disso, os neurônios ainda não possuem todas as conexões neuronais necessárias nos primeiros quatro anos de vida. Como consequência, a parte inferior do cérebro é a predominante. Esta região, além de ser mais antiga e ter sofrido poucas alterações com a evolução humana, é responsável pelas ações instintivas, por impulso e de reflexo, funcionando como uma espécie de defesa e ataque.

Além destas, outras reações comuns (tanto em adultos quanto em crianças) são causadas por esta região, como a autopreservação, a raiva e medo - no caso das crianças, medos como o de separação, se machucar, estranhos etc.

Assim, quando a criança fica chateada ou algo do tipo acontece, é comum esta reação impulsiva, também conhecida como birra, muito presente na crise dos 2 anos.

Calma e paciência da família são fundamentais para lidar com a crise dos 2 anos

 

As principais dúvidas sobre a crise dos 2 anos

Muitos pais podem não estar preparados para lidar tão bem com esta fase e entender que seu bebê está passando por mudanças, podendo gerar várias dúvidas. Por isso, separamos algumas dessas principais perguntas para te auxiliar num momento delicado como este.

 

Todas as crianças passam por esta fase?

É muito comum que, ao se deparar com uma criança fazendo birra em algum local público, algumas pessoas pensem “meu filho não vai ser assim!” ou “meu filho é um anjinho!”. Porém, cada ser humano é diferente dos outros e, em alguns casos, há crianças que passam pela crise dos 2 anos de maneira mais tranquila. Desse jeito, você pode pensar que seu filho não a teve.

Mas é comum que as crianças passem sim pela crise dos 2 anos e, além de seu comportamento, a maneira que os pais lidam com essa crise é essencial para determinar como ela irá afetar o ambiente domiciliar.

 

Por que minha criança é tão birrenta?

Como as crianças ainda estão desenvolvendo suas habilidades cognitivas, sua comunicação ainda não é tão concretizada quanto a de nós, que já somos adultos. Assim, quando a criança passa por uma situação de estresse, quando não consegue realizar algo novo, quando recebe um ‘não’ que não costuma receber sempre ou qualquer outra situação fora do comum, a maneira de se expressar é por meio da birra.

Às vezes, a falta de atenção dos pais na criança ou um momento de dor, por exemplo, também podem fazer com que ela encontre outro método para garantir que seja vista - neste caso, a birra. Por isso, é importante ficar atento aos sinais.

 

Há algum lado positivo na crise dos 2 anos?

Sim! Assim como as fases de nossa vida, já citadas lá no começo do texto, a crise dos 2 anos também serve como um período de aprendizado, tanto para os pais quanto para os pequenos. Quando a criança é exposta a estes novos sentimentos e situações, além do desenvolvimento intelectual, ela também aprende a lidar melhor com a insatisfação e entende que os pais estão ali para apoiá-las.

Do outro lado, os pais também entendem que as crianças são seres humanos com vontades, gostos e pontos de vista diferentes dos deles, aprendendo também a respeitar seu filho.

Jogos e brincadeiras são importantes neste período

 

Como lidar com a questão?

O trabalho de desenvolvimento depende tanto dos pequenos quanto dos pais, sendo assim, uma via de duas mãos. Desta maneira, há comportamentos que os pais devem ter diante da birra dos pequenos e comportamentos que devem ser evitados a todo custo. Mas quais são eles?

 

O que eu NÃO devo fazer

É sempre importante lembrar que as crianças são pequenos seres humanos que ainda estão se conhecendo e conhecendo o mundo ao redor. Assim, levar as situações com calma é essencial. Logo, apesar de mais estressante que seja, gritos, broncas e, principalmente, o uso da violência física e psicológica deve ser totalmente evitado.

Ah, mas e se meu filho se jogar no chão em algum local público?”. A resposta é uma só: não utilize de violência. Prefira utilizar o diálogo calmo e mostrar o porquê de seu filho estar errado.

O uso de violência física e psicológica pode desenvolver traumas severos na criança que, além de atrapalharem seu desenvolvimento na infância, também podem prejudicar sua vida adulta.

Violência nunca é recomendada para lidar com a crise dos 2 anos

 

A criança ainda não entende totalmente o significado da palavra não e, ao dar umas palmadas ou qualquer outro tipo de violência, ela pode compreender da maneira errada e ou se tornar reclusa ou fazer algo escondido. Os castigos também não são recomendados. Entenda: punir a criança é diferente de estabelecer limites e quanto antes ela e os pais entenderem isso, mais fácil será o processo de passagem pela fase.

Durante uma birra, também é importante evitar fazer as vontades da criança. Assim, elas entendem que não é não e que nem tudo sempre será do jeito delas. Porém, ainda assim, evite gritos e broncas. Por fim, evite dar recompensas caso a criança se comporte bem. Entenda que não há problema em agradar seu filho, mas tratar um bom comportamento como prêmio pode resultar em mais birras futuras.

 

Tratando a crise dos 2 anos de maneira adequada

Reforçando o que já falamos mais de uma vez, lembre-se que a criança está em desenvolvimento, ou seja, ainda está aprendendo. Por isso, a conversa é um dos principais pilares para construir essa relação saudável entre os pais e as crianças. Você também precisará de muita paciência, uma vez que as crianças podem não entender de primeira o porquê de não poderem fazer algo. Assim, por mais que seja difícil, respire fundo, pois esse aprendizado valerá a pena.

Se a criança está sendo muito relutante em aprender, ou passou da idade que a crise dos 2 anos é comum e continua fazendo birras, busque acompanhamento médico. Eles saberão melhor identificar se há um problema e darão todo o apoio necessário tanto para os pais quanto para as crianças. O carinho vindo da rede de apoio também é essencial; quando a criança se sente acolhida nos momentos em que chora ou que não consegue fazer algo, a chance de acalmá-la e ensiná-la é muito maior.

Conversar com a criança antes de sair é uma ótima maneira de ensinar: quando ela sai de casa já sabendo o que não pode fazer, é mais difícil que ela não obedeça. Procure também passar tempos de qualidade com a criança. Há no mercado diversos livros que ensinam a criança a amarrar os sapatos sozinhos, por exemplo. Esta leitura interativa, além de ensinar de uma forma divertida, ajuda no desenvolvimento mental.

Mãe lendo para a filha

 

Além disso, diante de uma crise, espere a criança se acalmar para conversar! Isso fará com que ela te compreenda melhor, sem a interrupção de choros. Outra opção que ajuda a amenizar as crises são as rotinas: quando o bebê come em horários certos, se hidrata bastante, dorme corretamente e se diverte sozinho e/ou com outras crianças, as chances dele se irritar são bem menores.

Apesar disso, não sobrecarregue a criança; respeite suas vontades e entenda que ela é uma pessoa, assim como você. Nesta fase, é importante que os pais também entendam que existem vontades e limites que não cabem a eles, sendo essencial o papel de acalmar a criança e ajudá-la a entender o que ela quer e como fazer.

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