Antes mesmo do nascimento, o filho começa a conhecer o mundo sonoro. Ainda na barriga da mamãe, por volta da 20ª semana de gestação, o bebê percebe as batidas do coração dela, escuta os sons externos e até tem reações. Ele também é capaz de reconhecer a voz da mamãe, do papai e de outros familiares, como a do irmãozinho, que está sempre por perto. Ao nascer, ouvir as vozes que conheceu faz com que ele se sinta confortável. Por isso, a interação com a criança ainda no ventre é importante para criar um elo entre mãe e filho e com outros membros da família. Portanto, aproveite este momento único para falar com o seu príncipe ou princesa e convide o papai, a vovó e a titia para participar desta missão.
Primeiras palavras
Nas primeiras semanas de vida, o choro é a primeira forma de comunicação do recém-nascido. É uma maneira natural que ele encontra para chamar a atenção dos pais, seja em razão de fome, calor, frio, fralda suja ou simplesmente por querer o colo da mamãe ou do papai. Os primeiros sons sem significado, conhecidos como balbucios, são emitidos pelo bebê nos primeiros meses e se intensificam no 6º mês. Com quase 10 meses, a criança começa a imitar o que ouve e, apesar de não serem articuladas, as primeiras palavras surgem por volta de 1 aninho.
Por volta dos 2 anos de idade, ela já consegue combiná-las e formar frases mais complexas. Porém, o tempo de aquisição da linguagem pode variar e depende bastante do estímulo dos pais. Quando o pequeno não demonstra intenção de se comunicar, é indispensável procurar um fonoaudiólogo para excluir qualquer dificuldade orgânica, como perda de audição.
Como estimular a fala?
A tarefa de estimular a fala da criança deve ser encarada com espontaneidade, sem pressioná-la, ou seja, não é recomendado impor a repetição das palavras. Quanto mais natural e tranquilo for este processo, mais fácil será a aprendizagem da linguagem. Lembrando que a comunicação não é exclusivamente verbal, composta por escrita e fala, mas também por gestos, tom de voz, figuras, símbolos etc. (linguagem não verbal). É necessário considerar, inclusive, as pausas e o silêncio.
Para estimular a aprendizagem das palavras, é importante não apenas nomear objetos, pessoas e fenômenos naturais, como chuva e neblina, mas também apontá-los, fazer gestos, mostrar figuras e, principalmente, demonstrar afetividade, para facilitar ainda mais o aprendizado e a memorização. Não se esqueça de que o contato visual é fundamental para que a criança perceba a articulação da boca e a expressão facial. Ela vai gostar do que está vendo e vai tentar imitar o que está sendo dito. O ideal é não repetir a palavra com intuito de reforço, mas sim estender o diálogo, por exemplo: se o bebê diz “bola”, a mamãe pode dizer “vou pegar a bola”.
Aprender brincando
Os brinquedos educativos ajudam a promover o desenvolvimento da fala e podem ser introduzidos nos primeiros meses de vida, com atenção à faixa etária. Outra maneira eficaz de incentivar a fala é por meio de brincadeiras que possibilitem a proximidade da criança com os significados das palavras, como ler um livro ilustrado ou narrar um fato que está acontecendo no momento. O banho, por exemplo, pode ser uma boa ocasião para uma narração divertida, como “hora de lavar os bracinhos e os dedinhos”, “as perninhas”, “a cabeça”... É só usar a criatividade para tornar qualquer situação do dia uma oportunidade de muito aprendizado!