Suor excessivo, vermelhidão, coceira e brotoejas começaram a aparecer? Esses podem ser sinais de um bebê com alergia do calor.
A maioria das regiões do Brasil sofre com altas temperaturas. Para os papais de primeira viagem, isso pode ser bastante complexo, especialmente com um bebê com alergia do calor em casa.
Muitas dúvidas surgem nesse momento, desde como identificar o processo alérgico até como contornar essa situação.
As crianças e os recém-nascidos costumam fazer "visitas" constantes ao médico, principalmente quando se trata de um problema dermatológico. São muitas questões que deixam os pais preocupados, como picadas de insetos, manchinhas diferentes, bolinhas e roxinhos. Não bastando, ainda há a possibilidade de alergias.
Pensando nisso, a Lillo preparou um conteúdo especial para que casos de um bebê com alergia do calor não sejam tão assustadores para as famílias e, é claro, para garantir um maior conforto para o pequeno. Vem com a gente!
Bebê com alergia do calor: por que isso acontece?
Em primeiro lugar, é importante entender que a pele de um recém-nascido é infinitamente mais sensível e mais fina do que a de um adulto. Por isso, ele é impactado pela mudança climática com muito mais facilidade.
Essa característica torna a pele do neném mais suscetível a coceira, vermelhidão, irritação e outros sintomas. O bebê com alergia do calor pode apresentar as temidas brotoejas que, em quadros alérgicos, são muito comuns.
Os pediatras explicam que a principal razão do surgimento dessas bolinhas é a imaturidade das glândulas sudoríparas (responsáveis pela produção do suor) e o calor excessivo. Vestir o bebê preferencialmente com roupinhas de algodão leves pode ajudar, afinal, determinados tecidos sintéticos podem dificultar a transpiração e causar alergias.
O uso de fraldas descartáveis e sintéticas também merece atenção, uma vez que, se o bebê não for trocado com uma certa frequência, as assaduras podem começar a surgir devido ao atrito e temperatura local. Com isso, as alergias podem piorar.
Ainda que não haja um consenso definitivo sobre o que é exatamente a alergia ao calor em bebês, é considerada uma resposta ao suor e uma reação do sistema nervoso quando este é ativado pelo estresse provocado pelo aumento da temperatura corporal.
Quais são os sintomas deste tipo de alergia?
É muito importante saber como identificar um bebê com alergia do calor, haja vista que estas situações podem ser extremamente desconfortáveis para ele. Dentre os principais sintomas que indicam a presença de um processo alérgico desta natureza, estão:
Bolinhas isoladas ou pequenos aglomerados nas áreas de maior transpiração;
Coceira excessiva nessas regiões;
Surgimento de placas vermelhas na pele;
Inchaço local nas partes do corpo mais afetadas;
Crostas que surgem ao coçar as brotoejas.
A urticária colinérgica, termo médico para descrever um bebê com alergia do calor, costuma aparecer principalmente nas dobrinhas (axilas, atrás dos joelhos, parte interna dos cotovelos e barriga), pescoço e costas. Como cada organismo reage de uma forma, é possível que outras áreas sejam afetadas.
Tipos de brotoejas
Ainda que o nome "brotoeja" seja muito popular, o nome correto para essa dermatite do calor é miliária. Existem três subtipos: miliária profunda, cristalina e rubra. Elas não surgem todas de uma vez e, por isso, a família pode facilmente confundir as primeiras com picadinhas de pernilongo.
O que diferencia esses subtipos é o nível em que ocorre o entupimento da glândula sudorípara. Ou seja, quanto mais intensa é a obstrução, pior é o aspecto da lesão.
Portanto, a miliária cristalina se caracteriza como pequenas bolhinhas superficiais e transparentes. Podem surgir desde o couro cabeludo até as regiões de dobra da pele. Já a miliária rubra é a que provoca erupções mais elevadas e avermelhadas, como o próprio nome indica.
Agora, a miliária profunda, também conhecida como pustulosa, é mais rara e é a que tem o maior nível de obstrução. Ela provoca um visual secretivo dentro das bolhinhas, isto é, elas ficam cheias de pus. Costumam acompanhar a sensação de queimação e coceira intensa.
O bebê com alergia do calor tende a ficar inquieto, devido ao desconforto. Esse estresse pode tornar as lesões ainda piores, por isso a visita ao médico não deve ser adiada. Além disso, o uso de produtos químicos não naturais, como óleos e cremes gordurosos podem causar a piora do quadro. Antes de passar um hidratante no seu bebê, certifique-se que é 100% natural e adequado para a faixa etária.
Qual o tratamento para um bebê com alergia do calor?
Infelizmente, não existe nenhuma receita mágica e milagrosa que fará com que a alergia do calor desapareça do pequeno do dia para a noite. Então, o mais indicado é procurar por um especialista para que o quadro da criança seja avaliado. Alguns sintomas podem ser bastante severos e somente um tratamento dermatológico adequado poderá resolver o problema.
Assim que os primeiros sintomas surgirem, marque uma consulta para o seu bebê. Ainda que as alterações na pele possam ser características de alergia do calor, alguns exames se fazem necessários para descartar outras possibilidades. Lembre-se que o organismo de um recém-nascido é muito frágil e nenhuma atenção é demais.
Uma vez que o diagnóstico de alergia do calor foi fechado, existem algumas medidas que podem ser tomadas para amenizar o desconforto do bebê. Como, por exemplo:
Dar banho com maior frequência para eliminar o suor da pele e amenizar a sensação de calor;
Incluir banhos terapêuticos, como o de camomila que possui efeito calmante;
Não colocar roupas pesadas e além do necessário;
Evitar tecidos sintéticos, priorizar roupas leves e de algodão que permitam a transpiração natural;
Utilizar ventilador ou ar-condicionado para climatizar o ambiente (mas atenção à temperatura para que o bebê não sofra um choque térmico. Nada de exageros;
Introduzir na rotina o uso de cremes calmantes, hidratantes, pomadas com anti-histamínicos e loções com aloe vera;
Sempre limpar (sem esfregar) as dobrinhas do bebê e pescoço com uma fralda macia e limpa para evitar que o suor e saliva fiquem em contato com a pele por muito tempo;
Utilize talco nas regiões mais afetadas para que a pele da criança fique mais sequinha;
Ofereça frutas geladas diversas vezes ao dia para aumentar a sensação de frescor;
Evite locais abafados e aglomerações, o bebê deve permanecer em ambientes bem ventilados.
Vale lembrar que essas dicas são paliativas e não substituem o tratamento médico. Em casos mais severos pode ser que o pediatra recomende o uso de medicamentos específicos para o quadro.
O que a família pode fazer em épocas de calor extremo é evitar que esse quadro se desenvolva, mantendo o bebê sempre fresquinho, com roupas leves e seguindo todas as recomendações supracitadas. Sem que as brotoejas surjam, isto é, antes da alergia tomar conta da pele do bebê, a rotina será muito mais fácil.
Agora que você sabe o que fazer com o bebê com alergia do calor, tenha cuidado redobrado ao comprar o enxoval. Lembre-se de levar em consideração o clima predominante da região onde você mora. Além disso, a mesma atenção é necessária na hora de comprar os hidratantes, cremes, pomadas, loções, e outros cosméticos que devem ser naturais.
Em alguns casos, as fraldas de pano podem ser verdadeiras aliadas, uma vez que nem sempre os bebês se adaptam às versões descartáveis e que provocam mais erupções na pele.