Tampão mucoso: Qual a sua importância para a gravidez?

Tampão mucoso: Qual a sua importância para a gravidez?

Tampão mucoso: Qual a sua importância para a gravidez?

O tampão mucoso serve para impedir que bactérias e micro-organismos prejudiquem o desenvolvimento do feto durante a gestação.

Nos primeiros meses da gravidez, o organismo produz um tampão mucoso capaz de evitar a proliferação de bactérias e outros micro-organismos, bem como a chegada destes até o útero. Caso isso não acontecesse, poderia haver uma interferência no desenvolvimento do feto e na continuidade da gestação. 

O tampão fica posicionado logo após o canal vaginal e funciona como uma vedação do colo do útero. A camada fica na região até que o bebê esteja pronto para nascer, em casos de gravidez sem complicações diagnosticadas. 

Sendo assim, seu deslocamento registra o início do fim do período gestacional, por volta da 36ª ou 37ª semana, indicando que o trabalho de parto deve ocorrer nas próximas semanas. 

Este é um daqueles importantes e naturais momentos da gestação e, muitas vezes, só se descobre a existência dele ao engravidar pela primeira vez

Perda do tampão mucoso não significa que o bebê irá nascer nos próximos dias

Embora a perda do tampão mucoso aponte que a gravidez está na reta final, é importante que a futura mãe permaneça tranquila. Este evento não significa necessariamente que o bebê vai nascer em seguida. Como dissemos acima, isso ainda pode levar algumas semanas!

A produção do tampão mucoso é realizada por meio do hormônio progesterona. E ainda que, durante a gestação esse nível hormonal apresente uma queda acentuada, o organismo prioriza naturalmente a produção do tampão mucoso para que ele permaneça fixo até o momento ideal.

Quando é chegada a hora da saída do tampão, é muito comum que a mulher tenha episódios de cólicas leves ou moderadas e também que a barriga fique um pouco mais rígida ao longo do dia. Entretanto, estes sintomas são completamente normais. 

O aspecto do tampão mucoso e como identificar

A perda do tampão mucoso, via de regra, ocorre por inteira, quando a camada se desprende do colo do útero. 

O aspecto pode ser comparado a uma clara de ovo esbranquiçada e com dimensão que pode variar de 4 a 5 centímetros, aproximadamente. Contudo, é possível que haja uma variação tanto na cor, como na forma e textura, mesmo em gestações saudáveis e sem intercorrências. 

Desse modo, segundo as possíveis alterações, as aparências que o tampão mucoso pode apresentar, são:

Cor: transparente, amarelada, esbranquiçada, avermelhada, ou ainda, em determinados casos, em tons mais escuros e terrosos;

Forma: inteiro ou em fragmentos;

Textura: semelhante a clara de ovo, gelatinosa consistente ou gelatinosa amolecida;

Com essas características bem definidas, a perda do tampão mucoso dificilmente passa despercebida e nunca é confundida com o rompimento da bolsa amniótica. Especialmente por ocorrer em um período ainda anterior ao ideal para o início do trabalho de parto.

Em alguns casos mais raros, a saída do tampão não ocorre até a 37ª semana e ele se mantém firme no colo do útero até o momento do nascimento do bebê. 

Como ter certeza de que o tampão saiu?

Muitas mulheres grávidas percebem uma secreção diferente e não sabem identificar se trata-se do tampão mucoso ou se seria alguma espécie de corrimento vaginal. Por isso, é indispensável entender e saber diferenciar quais são os três possíveis tipos de secreção no período gestacional: a natural da gestação, o corrimento (que pode, ou não, ser sinal de alguma doença) e o tampão mucoso.

Secreção natural do período

Devido a grande alteração do pH da vagina, bem como os índices de progesterona, a mulher tende a ficar mais úmida durante a gravidez. Isto é, o aumento da secreção vaginal é completamente normal. Desde que apresente os aspectos ideais que indiquem um corrimento comum.

A secreção costuma ser amarela clara, esbranquiçada ou, mais comumente, transparente. Sem sinais de sensibilidade no local, dor ou coceira. Além disso, não possui alterações no cheiro.

Corrimento vaginal fora dos padrões

O corrimento vaginal considerado fora dos padrões da normalidade, isto é, o patológico, pode apresentar diferentes cores. Normalmente, pode variar para uma textura mais grossa e pastosa, em tom branco leitoso ou amarelo com aparência de pus. O odor costuma ser fétido e extremamente desagradável, em alguns casos, lembrando peixe podre. 

Outros sintomas podem acompanhar o corrimento vaginal patológico, como, por exemplo, dor ao urinar, dor pélvica, coceira local e um desconforto generalizado na região. Caso tais sensibilidades surjam, é imprescindível procurar um ginecologista para um exame detalhado e tratamento.

O que ocorre após a saída do tampão mucoso?

O tampão mucoso se desprende do colo do útero quando ocorre uma baixa hormonal, o que significa que o corpo está se preparando para a chegada do trabalho de parto. Essa variação de hormônios acontece a partir de outro hormônio que é emitido pelo pulmão do bebê, que indica que já está formado e maduro, isto é, pronto para o nascimento.

A saída do tampão mucoso é apenas um indicador de que o bebê logo virá ao mundo, então após este evento, é o momento de fazer um repouso relativo e entrar com pequenos cuidados que serão citados logo mais.

É importante salientar que muitas gestantes que perdem o tampão mucoso, levam até três semanas para entrar em trabalho de parto, enquanto outras podem dar à luz apenas alguns dias depois. 

Existe a possibilidade dele sair antes do tempo?

É totalmente possível, embora menos comum, que o tampão mucoso saia em uma fase inicial da gravidez. Contudo, isso não é necessariamente um indicativo de problema na gestação. Muitas vezes trata-se apenas de uma questão de adaptação do corpo da mulher aos picos hormonais e às mudanças causadas pela gestação.

Nesses casos, o organismo tende a produzir um novo tampão para substituir aquele que foi perdido e proteger novamente o útero. Essa pequena janela de tempo pode deixar o feto um pouco mais suscetível a infecções.

Por essa razão, se o tampão não for perdido mais de uma vez antes do tempo, não há motivos para preocupação. Entretanto, é de extrema importância que o médico obstetra responsável pelo pré-natal fique ciente do ocorrido para que possa acompanhar e avaliar se existe algum risco para a gestação.

Por outro lado, se o tampão mucoso sair fragmentado diversas vezes ao longo da gravidez, pode ser um indício de baixa progesterona e talvez seja necessária uma reposição hormonal para estabilizar a situação e garantir que o feto não fique exposto. 

Existem também os casos onde o tampão mucoso é excretado após o segundo trimestre da gravidez, porém ainda antes da 36ª semana. Em situações como estas, o médico ou a maternidade devem ser procurados o quanto antes para uma avaliação, pois pode existir um risco de parto prematuro.

O que fazer entre a saída do tampão e o trabalho de parto?

Caso o tampão mucoso saia no tempo adequado mas o trabalho de parto demore mais que duas semanas para ser iniciado, é recomendada a prática de atividades que podem auxiliar o bebê a se encaixar na posição ideal para o nascimento.

É importante executar alguns exercícios que preparam a musculatura do corpo para o que está por vir, além de aliviar eventuais tensões causadas pela ansiedade e estresse do fim da gestação.

O mais indicado é a prática de exercícios com bola de ioga, fazer caminhadas, praticar técnicas de alongamento e respiração. Além disso, é importante considerar o repouso relativo, isto é, evitar pegar peso, passar muitas horas em pé ou realizando atividades domésticas. 

Durante este período que vai desde a perda do tampão mucoso até o início do trabalho de parto em si, é de extrema importância que a mulher procure manter o seu bem estar psicológico e físico. Isso porque, dessa forma o nascimento do bebê deve ocorrer da forma mais natural e menos desconfortável possível. 

O hábito de fazer atividades físicas leves, quando não há nenhuma proibição médica, é capaz de liberar hormônios como a endorfina, que auxiliam bastante neste processo.

Quais são os sinais do trabalho de parto?

Em casos onde o bebê nasce prematuramente, o trabalho de parto pode se iniciar a partir da 20ª semana, mas em situações normais o parto ocorre entre a 37ª e a 42ª semana de gestação. A duração do parto pode levar de 11 a 24 horas na primeira gravidez, é comum que a partir do segundo filho esse tempo seja reduzido. 

O rompimento da bolsa 

Após a perda do tampão mucoso, é preciso aguardar o rompimento da bolsa que pode ocorrer no início ou no final do trabalho de parto, provocando o escoamento de um líquido que se assemelha à urina. Entretanto, possui um aspecto turvo e uma cor mais clara, podendo conter leves traços esbranquiçados. 

Diferente da necessidade de urinar, a situação onde a bolsa se rompe é impossível de ser controlada, isto é, a mulher não consegue conter a saída do líquido. 

Dilatação do colo do útero

A dilatação do colo do útero é mais um indício de que a chegada do bebê está próxima. Esse aumento da abertura do colo do útero se dá conforme o trabalho de parto evolui. Todavia esse sintoma só pode ser avaliado diretamente na maternidade pelo médico obstetra, onde deve ser realizado o exame de toque. Ou, em casos de parto humanizado, pela doula ou enfermeiro que estiver acompanhado. 

A dilatação necessária para a saída do bebê é de 10 centímetros do colo do útero, caso contrário a passagem se inviabiliza e o parto cesariana se torna a melhor opção. 

Como é a dor durante o trabalho de parto?

A dor durante o parto varia de acordo com a fase do parto e a sensibilidade de cada mulher, mas é causada pela contração e distensão dos músculos. Nos primeiros momentos, a sensação é semelhante a uma cólica forte, que ocorre durante as contrações intervaladas e abrangem a parte inferior do abdômen, coxas e lombar.

Na fase final do parto, a dor se torna muito mais intensa e profunda, espalhando-se pelas nádegas, lombar, vagina e abdômen. A dor é maior e mais difusa neste momento devido a movimentação dos ossos da região pélvica e da musculatura que envolve o ânus e vagina, que se moldam para permitir a passagem do neném. 

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