Saiba quais são as principais preocupações com o umbigo do bebê, especialmente dias após o nascimento.
O nascimento do bebê é um dos momentos mais esperados pelos futuros pais e mães; afinal, uma vida está para chegar, pavimentando um caminho cheio de descobertas.
Logo após o deixar o ventre, o pequeno tem seu cordão umbilical cortado. No entanto, um pedaço dele ainda permanece no umbigo. Então, os pais precisam saber como cuidar do umbigo do bebêadequadamente.
Como cuidar do umbigo do bebê?
Embora todas as informações necessárias sejam fornecidas pelo pediatra, é natural que os pais fiquem com receio ao agir, já que esta é uma área sensível e precisa ser higienizada de forma correta para evitar infecções.
Na realidade, o umbigo é apenas de um pedaço do cordão umbilical que, ao ligar o feto à placenta dentro do útero da mãe, fornecia todos os nutrientes para o bebê, sendo responsável pelo transporte de oxigênio e por manter a circulação sanguínea entre a mãe e o bebê durante toda a gestação.
Assim, após o nascimento, corta-se o cordão umbilical, pois ele perde a função descrita acima. Dessa forma, sobram apenas 2 ou 3 cm no bebê, mais conhecido como coto umbilical.
Coto Umbilical: o que é
Apesar desse corte parcial na hora do parto, os cuidados com o cordão umbilical não devem parar ali, justamente devido ao coto umbilical.
O coto umbilical é aquele pedacinho de pele que fica no umbigo do bebê após o nascimento. Trata-se de um resíduo do cordão umbilical, e sua permanência ali é completamente natural.
No entanto, é preciso tomar alguns cuidados em relação à limpeza dessa área.
De acordo com a caderneta de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, recomenda-se que todos os dias, depois do banho e após a troca de fralda, os pais devem limpar o coto umbilical do bebê.
Para isso, o ideal é utilizar álcool 70% (aplicando-o com algodão), fralda de pano ou cotonete. Não é aconselhável usar nenhum objeto que abafe ou tampe a região do umbigo, como moedas ou qualquer outra substância. Abafar o local impede que o coto umbilical seque, impedindo sua queda.
Higienizando o coto umbilical
Para que o coto umbilical caia com naturalidade após a primeira semana de vida do bebê, é preciso realizar uma limpeza simples - mas cautelosa - diariamente na região. Por isso, antes de iniciar a tarefa, lave bem as suas mãos, higienizando-as das unhas aos punhos, de preferência com sabonete neutro.
Primeiro, limpe o umbigo do bebê durante o banho. Lave com cuidado o bebê como um todo, dada sua alta sensibilidade nos primeiros meses de vida. Ao final do banho, nunca esfregue o local com a toalha; encoste-a suavemente até secar a região do umbigo.
Ato contínuo, pegue uma toalha ou algodão e molhe com um pouco de álcool 70%. Cuidado para não exagerar na quantidade. Depois, enrole o objeto escolhido no seu dedo indicador e passe por toda a área de contato.
Para garantir uma boa higienização do umbigo do bebê, você pode levantar o coto umbilical, permitindo limpá-lo em sua totalidade. Não se esqueça de secar bem o local, evitando, assim, infecções.
Apesar da simplicidade da ação, a limpeza do umbigo e do coto umbilical deixam os pais de primeira viagem bastante receosos, temendo que o bebê sinta dores. No entanto, os médicos e pediatras afirmam que não há incômodo aos pequenos. Por se tratar de um pedaço cortado, as células do coto umbilical estão mortas; portanto, não causam dores.
A orientação após a limpeza é proteger o coto umbilical por dentro da fralda, e não apertar para fechá-la. Não há restrições quanto a nenhuma roupinha, ou seja, qualquer uma pode ser usada de acordo com a estação climática.
Além disso, alguns pais de primeira viagem acreditam que a posição do bebê no berço influencia na cicatrização do umbigo, mas, na verdade, tanto faz a posição escolhida.
À medida que o coto umbilical for cicatrizando, é normal que o umbigo escureça até cair sozinho quando o bebê tiver entre 10 e 15 dias.
Depois, se o coto não cair, a mãe deve procurar o pediatra, pois existem doenças, como o hipotireoidismo congênito, e um de seus sintomas é o atraso na queda do coto umbilical.
Os médicos e pediatras explicam que essa queda deve ocorrer entre a primeira e segunda semana de vida. No entanto, os cuidados na hora de limpar e secar bem são primordiais para o avanço desse processo.
É preciso atenção. Porém, caso o coto umbilical demore a cair, o próximo passo é marcar uma consulta com o pediatra do bebê para investigar as possíveis causas.
Doenças relacionadas ao umbigo do bebê
É raro o bebê demonstrar incômodo durante a limpeza do coto umbilical; mas, caso isso aconteça, leve-o ao médico.
Além disso, a ida ao pediatra também se aplica quando há secreção de cor amarela, odor forte e vermelhidão ao redor da área. Esses sintomas podem, inclusive, fazer com que o bebê sinta febre e mame menos, indicando uma provável inflamação no local.
Tanto as dores quanto o odor e vermelhidão podem indicar o surgimento de alguma doença infecciosa na região do umbigo do bebê. Um dos males mais comuns é a Hérnia Umbilical, podendo afetar não só os pequenos, mas também os adultos, principalmente mulheres.
Ela ocorre quando uma parte do intestino - que ainda está se desenvolvendo - consegue atravessar o músculo abdominal, geralmente na região do anel umbilical, local por onde o bebê recebia oxigênio e nutrientes ao longo da sua evolução no útero da mãe.
A hérnia no bebê normalmente não é motivo para grande preocupação, e, na maioria dos casos, não requer tratamento, pois ela desaparece sozinha até os 3 anos de idade.
Também não são gerados sinais ou sintomas, sendo notada apenas a tal saliência durante a avaliação do pediatra, ou quando o bebê chora ou evacua, por exemplo.
No entanto, outros tipos podem provocar inchaço na região do umbigo, dor e vômitos. Diante disso, é fundamental levar o bebê ao médico para fazer exames que indiquem qual o tratamento mais eficaz a seguir. Em alguns casos, a melhor opção é um pequeno procedimento cirúrgico.
A hérnia umbilical pode ser percebida quando o bebê ri, tosse, chora ou evacua devido ao aumento do volume na região do umbigo. Assim, ela volta ao normal quando a criança se deita ou relaxa.
Contudo, se a hérnia aumentar de tamanho - e caso o bebê apresente algum dos sintomas como dor local quando apalpado, desconforto abdominal, grande inchaço na região, descoloração do local, vômitos, diarreia ou prisão de ventre - é fundamental buscar atendimento médico de urgência, já que pode se tratar não apenas de uma hérnia umbilical.
O diagnóstico da hérnia umbilical é feito por meio de exame realizado pelo próprio pediatra, que apalpa a região do umbigo e observa se há aumento do volume no local quando a criança faz esforços.
Em alguns casos, o médico também pode solicitar ultrassonografia abdominal para avaliar a extensão da hérnia e a probabilidade de complicações.
Onalfite
Outra doença frequente no umbigo do bebê, a onfalite é uma infecção da cicatriz umbilical e das partes circundantes, que aparece entre o quinto e o nono dia de vida.
É, portanto, um mal predominantemente de recém-nascidos. Caso não seja tratada, ela pode atingir uma área ainda maior da parede abdominal, além de tecidos mais profundos, ou causar infecção disseminada.
A onalfite caracteriza-se por drenagem de pus ou cheiro fétido através do coto umbilical. Também está associada a edema, eritema e maior sensibilidade cutânea na região periumbilical.
Ainda, em casos mais graves, pode ocorrer hemorragia do coto umbilical devido ao atraso na obliteração dos vasos umbilicais.
Além da onalfite, vale destacar o hipotireodismo congênito - que não surge no umbigo, mas cujos sintomas se relacionam a ele. Essa doença consiste em uma alteração metabólica, na qual a tireoide do bebê perde a capacidade de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), podendo comprometer o desenvolvimento da criança.
Dessa forma, um dos sintomas é justamente o surgimento de hérnia umbilical; por isso, atenção às transformações da região do umbigo do bebê.
Os pais precisam ficar atentos na hora de higienizar o local, para que o coto umbilical seque e caia naturalmente. Fique alerta também aos sinais de incômodo apresentados pelo bebê durante a limpeza, pois isso pode significar uma doença inflamatória.