Coceira, conjuntivite, febre, manchas no corpo e no rosto. Esses são alguns dos sintomas do sarampo, doença que voltou a assustar o país nos últimos meses. Desde fevereiro de 2018, quando foi constatado o primeiro caso em um bebê venezuelano, em Boa Vista, capital de Roraima, até agosto deste ano já foram confirmados mais de 1100 casos da doença considerada controlada no país desde os anos 90, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O sarampo é uma doença infecciosa causada pelo vírus da família paramyxorividadee se propaga diretamente de pessoa para pessoa, por meio do contato direto das secreções do nariz e da boca expelidas pelo indivíduo contaminado e pelo ar. “O sarampo é uma doença perigosa que se transmite muito fácil. Então, quando ele encontra uma população desprotegida e não vacinada, ele circula rapidamente passando de pessoa para pessoa no que chamamos de transmissão sustentada. Portanto, a única forma de controle dessa epidemia é a vacinação do maior número de pessoas possíveis e, com isso, estancar essa propagação do vírus para que ele deixe de acontecer”, afirma o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)Renato Kfouri.
Diante de um surto do sarampo, como as mamães podem proteger e evitar que seus pequenos estejam suscetíveis ao vírus? Confira abaixo as principais dicas.
Quem deve tomar a vacina?
As crianças estão entre o grupo de maior risco de contrair a doença e de sofrer complicações, podendo levar até a morte. Portanto, a sua aplicação deve acontecer em bebês de 12 meses e, depois, ele deve receber um reforço aos 15 meses de vida. A imunização é ofertada também para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas.
A vacina pode causar algum efeito colateral?
A imunização contra o sarampo costuma ser muito tranquila, mas em alguns casos específicos sintomas como inchaço na região da aplicação, febre, coceira, dor de cabeça e mal-estar podem ser sentidos. “A vacina é totalmente segura, cerca de 10% a 15% dos vacinados podem apresentar febre ou uma dorzinha no local na aplicação. Ela é totalmente leve e transitória, em um ou dois dias a pessoa não sente mais nada”, acrescenta Kfouri.
Quais são os principais cuidados e prevenções?
A principal proteção é através da vacinação, já que mais de 90% dos imunizados criam um bloqueio duradouro contra o vírus. “Não há proteção sem ser através da vacinação. Manter o maior número de indivíduos vacinados é essencial, e só assim estaremos protegendo coletivamente os imunizados e aqueles que não podem receber a vacina de novos surtos”, conclui o infectologista
Tratamento
Não existe um tratamento antiviral específico para doença, mas geralmente a criança infectada é isolada e tratada por falta de vitamina A, é mantida em repouso e faz o tratamento de complicações associadas à doença, como infecção no ouvido, desidratação devido à diarreia e conjuntivite.