Ter um filho é, de fato, um momento de grande alegria e, para muitos, a realização de um sonho. Mas, junto com tamanha felicidade, surgem também diversas preocupações quanto ao desenvolvimento dessa criança.
Um dos fatores que mais pode angustiar os pais é a evolução física do bebê, incluindo o peso como destaque. Portanto, é imprescindível ter noções básicas sobre o número ideal na balança para o seu filho e também quais os fatores relacionados.
Dessa forma, a informação evita o desespero sem necessidade, ou a situação oposta - no caso, a suposição equivocada de que tudo está como deveria.
Confira os índices mais adequados para cada fase do bebê e, ainda, aspectos que podem influenciar no quadro como um todo.
Vale ressaltar que o crescimento é algo relativo, varia de bebê para bebê, embora determinadas faixas numéricas predominem a cada estágio.
Além disso, o acompanhamento médico deve ser sempre priorizado durante todo o desenvolvimento.
O peso do bebê após o parto - primeiros dias de vida
Para entender a evolução de tamanho do recém-nascido, é importante retomar algumas informações básicas. Depois de passar, em média, 9 meses no útero materno, o peso com que o bebê chega ao mundo envolve um certo "inchaço", pois dentro do corpo da mãe o pequeno estava envolto por líquido.
Dessa forma, fica mais fácil compreender o porquê de os primeiros dias contarem com uma perda de peso do bebê. É algo completamente normal. Além disso, espera-se que a queda nesse breve momento seja de 10% a 15% em relação ao número anotado logo após o parto.
Ilustrando o cenário apresentado acima, um bebê que nasce com 3,3 kg pode estar com 2,9 kg ao receber alta do hospital, representando uma perda de aproximadamente 12%.
Embora esse quadro seja esperado e até natural, é indispensável garantir que o novo membro da família retome o peso do nascimento depois de um tempo, estimado entre uma semana a 10 dias desde o parto.
Já após o décimo dia de vida, o bebê precisa ganhar ao menos 25 gramas diariamente. Portanto, mamãe, papai, e quem quer que cuide do pequeno, fiquem atentos!
Qual o peso ideal para bebê?
Mas, afinal, como determinar o peso ideal de uma criança? A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabeleceu tabelas que seguem um padrão, definido a partir da contribuição de inúmeros profissionais. O modelo também leva em consideração a altura estimada para a idade.
Os índices catalogados são atualizados de acordo com as alterações físicas mundiais.
Tendo em vista que esta matéria foca no peso modelo de um bebê, segue abaixo a lista que abrange valores desde o nascimento até um ano de idade. No entanto, caso tenha interesse em alguma outra faixa etária, você pode acessar os dados completos no site da OMS.
Um ponto de destaque é que os valores são diferentes para crianças do sexo feminino e masculino, dada a estrutura corporal biológica.
Obviamente, podem haver exceções. Não necessariamente uma criança que não se adequa a esse modelo apresenta algum problema de saúde, assim como algumas que seguem a linha perfeitamente não estão totalmente imunes a deficiências alimentares.
Por esse e outros motivos, mantenha sempre o contato com o pediatra.
A importância da amamentação
Como todas as mamães sabem, a amamentação é, obviamente, vital para a saúde do recém-nascido ao mundo. Por ser muitas vezes a única ou principal fonte de alimento estabelecida, a prática reflete diretamente no peso infantil, assim como em áreas de desenvolvimento afetivo e físico.
A partir disso, anote essa boa dica para atingir um desenvolvimento saudável: garantir a pega correta ao amamentar. É apenas com base nela que o bebê poderá ter acesso a todos os nutrientes fundamentais para sua vida.
Então, caso você observe alguma dificuldade no ganho de massa por parte do seu filho, o primeiro passo é verificar se a pega ocorre de maneira efetiva e a amamentação está otimizada.
Lembrando que a melhor adesão ocorre quando mãe e neném encontram-se na posição "barriga com barriga", com o bico e a aréola bem abocanhados.
Portanto, qualquer medo sobre o bebê estar engordando demais deve ser descartado, caso a fonte de alimento utilizada seja a natural. Leite materno evita a obesidade, propiciando uma alimentação completa e crescimento saudável para o bebê. Em casos de uso de fórmula infantil, é imprescindível que a dose não seja alterada, para mais ou para menos, sem a indicação de um profissional. Se notar qualquer dificuldade na alimentação e na obtenção de resultados, não pense duas vezes. Comunique a um especialista.
Alimentação sólida
A alimentação infantil deve receber atenção diferenciada até os dois anos, tendo em vista que, nessa faixa, médicos indicam que elas ainda não consumam açúcar ou alimentos com alto grau de industrialização.
Depois dessa idade, o caçula da família é capaz de ser efetivamente integrado à rotina alimentar da casa. Porém, a introdução a alimentos sólidos já acontece há certo tempo, normalmente iniciada quando ele ainda tem por volta de 6 ou 7 meses de vida.
Conforme o bebê vai ficando menos dependente do leite, a consistência dos alimentos também deve ir mudando, de acordo com o desenvolvimento físico. No entanto, ressalta-se a necessária atenção dos pais quanto ao que é oferecido.
Evite frituras, açúcar e ultraprocessados, além de garantir uma ampla variedade de alimentos e boa distribuição ao longo do dia.
Tenha atenção também caso seu filho apresente problemas para realizar essa transição. Caso isso ocorra, consulte o pediatra ou um nutricionista especializado. Segue abaixo os índices recomendados de peso médio nessa época; lembrando, no entanto, que a altura de cada indivíduo também é um fator a ser considerado.
Em suma, vale lembrar que o peso é só um indicativo de como anda o desenvolvimento infantil. Exames periódicos são fundamentais nessa fase da vida, sobretudo nos primeiros 1000 dias - 270 no útero e 730 fora.