Acessórios em recém-nascidos exigem cautela e cuidados especiais. Saiba como escolher o primeiro brinco do bebê.
Furar a orelhinha de um recém-nascido é um ato simbólico há muitas décadas. Esta prática é bem comum no Brasil, seja para enfeitar ou para evidenciar o sexo do bebê. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados antes de escolher o primeiro brinco do bebê.
Venha conosco e saiba como tornar este momento mais seguro e, claro, ainda mais memorável e prazeroso!
Quando furar a orelha dos bebês?
O primeiro brinco do bebê é um assunto que gera muitas dúvidas, principalmente nos papais de primeira viagem. Para a segurança dos recém-nascidos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não permite que o furo da orelhinha do bebê seja feito na maternidade, para evitar o risco de contaminação e infecção no ambiente hospitalar. Antigamente, era comum sair da maternidade com os brinquinhos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o primeiro brinco deve ser aplicado a partir dos dois meses de idade, quando os pequenos já tomaram algumas vacinas essenciais para sua proteção, caso, por exemplo, da antitetânica.
No entanto, alguns pediatras autorizam os pais a realizarem o primeiro furo na orelha dos bebês por volta dos 15 dias de vida. Antigamente, era comum que os médicos perfurassem a orelha dos bebês ainda na maternidade. Agora, essa prática deve ser feita após a alta do bebê, seguindo a orientação dos médicos.
O formato do lóbulo auricular do bebê também influencia no momento certo para colocar o primeiro brinco. Por isso, é ideal consultar o pediatra dos pequenos e procurar clínicas de serviço especializado nesta prática ou farmácias para uma aplicação segura para o bebê.
Métodos de aplicação do primeiro brinco do bebê
O primeiro furo nas orelhinhas dos bebês costuma ser feito, em sua maioria, em farmácias, já que é uma opção mais prática e acessível. Neste local, a aplicação do primeiro brinco do bebê é feita com uma pistola.
O uso da pistola garante a aplicação rápida, no entanto, em decorrência do barulho pode assustar o bebê. Isso pode fazer com que eles se desesperem e caiam no choro inconsolável. Outro ponto a destacar é que, em situações como esta, os bebês costumam ficar inquietos e o uso da pistola pode levar ao furo torto ou longe do lóbulo auricular, em um local mais sensível e doloroso.
Além da técnica da pistola, há também a do furo humanizado. Aqui, o processo pode demorar alguns minutos a mais, pois o foco é deixar o bebê calmo, confortável e minimizar a dor que eventualmente ele sinta.
A técnica é conhecida também por ser menos traumática, visto que não há a pressão, o susto e o barulho da pistola. É também um método mais assertivo com relação ao local correto do furo.
Na técnica do furo humanizado, é utilizada uma pomada anestésica de acordo com a idade do bebê, bem como práticas de acupuntura e auriculoterapia para furar num ponto neutro, ou seja, com menos nervos para diminuir consideravelmente a dor dos pequenos.
Vale lembrar que a presença dos pais ou responsáveis com quem a criança se sinta segura é fundamental. Além disso, o furo do primeiro brinco do bebê pode ser feito enquanto a mãe amamenta, visto que a prática tranquiliza os pequenos.
Como escolher o melhor brinco?
Segundo pediatras e especialistas em brincos para bebês, o ideal para os pequenos deve ser antialérgico. Brincos de ouro 18k são uma excelente opção, já que não levam níquel durante a sua confecção, evitando alergias e infecções.
Além disso, os brincos de ouro 18k duram por bastante tempo e podem ser reutilizados em outros furos, caso seja do desejo dos pais ou da criança quando crescer.
Com relação ao tamanho, há uma variação de acordo com a idade. Para bebês com até 4 meses, é aconselhável que a joia tenha até 3 milímetros (mm). De 4 a 6 meses, 4mm. Dos 6 meses a 1 ano, o ideal é entre 4 e 5 mm. A partir do primeiro ano de vida, os brincos podem ter até 10 milímetros.
Apesar de muitos pais sonharem com um formato específico para o primeiro brinco do bebê, para a fase de adaptação, o ideal é que a joia seja arredondada. Afinal, isso irá evitar que ela enrosque em outros objetos e possa machucar a criança.
Além disso, é importante que os brincos possuam tarraxas baby, ou seja, aquelas forradas abauladas e que não deixam a haste do brinco exposta, evitando assim machucados.
Por fim, o peso das joias também deve ser considerado na hora da escolha. O primeiro brinco do bebe deve ser leve, para não rasgar a orelhinha que ainda está em processo de cicatrização.
Cuidados após a aplicação do primeiro brinco do bebê
Após a aplicação, alguns cuidados são fundamentais para que a cicatrização do primeiro brinco seja sem inflamações e dores. O primeiro passo é girar o brinco na orelha do bebê uma ou duas vezes ao dia, em momentos espaçados e com delicadeza.
Além disso, como todo processo que envolve furos, é importante manter a área da orelha limpa e sempre seca. A umidade pode provocar o aparecimento de bactérias, impedindo que o processo de cicatrização seja feito sem infecção.
Com relação a limpeza, o ideal é que seja feita na hora do banho a orelhinha deverá ser lavada com água e sabonete específico para bebês, durante 20 dias. Depois, deve ser feita esterilização com um cotonete de algodão e álcool 70%.
Vale lembrar que, antes de iniciar a limpeza da área do furo do brinco, é fundamental que os pais ou responsáveis estejam com as mãos limpas e devidamente higienizadas.
Depois da limpeza, é importante tomar cuidado na hora de colocar roupinhas, enrolar o bebê em um cobertor, ou até mesmo no colo dos pais, já que o brinco pode enroscar na roupa e provocar intensa dor e machucados caso o bebê realize movimentos bruscos.
Ainda que os brincos para bebês disponíveis no mercado sejam lindos, é importante que o bebê use por pelo menos seis semanas o mesmo brinco da perfuração. Isso facilita a cicatrização. Vale lembrar que, mesmo após a cicatrização, é importante trocar o brinco da perfuração por outro que também seja antialérgico e, se possível, de ouro 18k.
Por fim, caso os pais notem sinais de inflamação, como orelha quente, vermelha ou com sinais de pus, é necessário retirar os brincos imediatamente e procurar o pediatra.
Cuidados com outros acessórios de bebês
Apesar de os brincos serem os acessórios mais comuns em bebês, muitos pais começaram a colocar outros adereços, como pulseiras e colares. Ainda que nestes casos não haja perfuração, os cuidados permanecem os mesmos, especialmente com relação ao material do acessório.
As pulseiras personalizadas com o nome do bebê também são um clássico, mas necessitam de cuidados. É importante escolher uma joia que seja antialérgica, em decorrência da pele sensível dos bebês e de um tamanho adequado, que não fique nem apertado e nem muito largo no punho. Por isso, a medição do punho deve ser o primeiro passo para os pais que querem adereçar os pequenos com pulseiras.
As mesmas dicas valem para os colares. Neste caso, por serem colocados no pescoço, uma área que em dias quentes exala bastante suor, é fundamental que sejam antialérgicos e de ouro 18k, para não enferrujar e provocar coceiras no bebê.
Além disso, o tamanho deve ser maior do que o pescoço do bebê, para que não aperte a área e provoque uma sensação de sufocamento.