Febre amarela: principais dúvidas sobre a vacinação em grávidas, lactantes e bebês

Febre amarela: principais dúvidas sobre a vacinação em grávidas, lactantes e bebês

Febre amarela: principais dúvidas sobre a vacinação em grávidas, lactantes e bebês

O Brasil vive o maior surto de febre amarela silvestre das últimas décadas. Por isso, a campanha emergencial de vacinação com doses fracionadas, prevista para fevereiro, foi antecipada para janeiro em cidades dos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, onde há registros de casos.

Os macacos não são transmissores da febre amarela, mas sim hospedeiros do vírus. A doença é transmitida pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas áreas silvestres e de matas.

A melhor forma de evitar a febre amarela é a vacinação. Os sintomas iniciais são: febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores no corpo e nas costas, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

 

Quem pode tomar a vacina?

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a febre amarela é contraindicada para bebês menores de 6 meses de idade e recomendada a partir dos 9 meses. Isso porque a vacina conta com o vírus vivo atenuado, o que pode causar uma reação mais grave em bebês.

Em relação às grávidas, de maneira geral, a vacina contra a febre amarela não é recomendada e deve ser evitada, porém, se a gestante morar em área de risco ou estiver com viagem agendada para locais com registros da doença, deve conversar com seu obstetra.

Quem está amamentando também só deve tomar a vacina se residir em local onde há circulação de vírus e com recomendação médica.

 

Geralmente, a vacina é contraindicada nos seguintes casos:

  • Menores de 6 meses: em casos com alto risco de infecção, é preciso consultar o pediatra.
  • Grávidas: em casos com alto risco de infecção, deve-se consultar o obstetra.
  • Mães que amamentam bebês com menos de 6 meses de idade: a vacinação é contra-indicada até a criança completar 6 meses. Para melhor avaliação, consulte o pediatra.
  • Pessoas imunodeprimidas em razão de doença ou tratamento (quimioterapia e radioterapia, por exemplo).
  • Alérgicos à proteína do ovo.
  • Pessoas com mais de 60 anos: devem receber a vacina apenas após avaliação cuidadosa de risco-benefício.

 

Dose padrão x dose fracionada

O fracionamento da vacina contra a febre amarela foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que mais pessoas sejam vacinadas nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, a proteção da dose fracionada (de 0,1 ml) é equivalente à da dose padrão (de 0,5 ml). A diferença é que a dose fracionada protege uma pessoa por até 8 anos, e a dose padrão, pela vida toda.

 

Orientações para quem vai viajar

A vacina contra a febre amarela é requerida em alguns países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação. Nesse caso, a vacina exigida para viagens ao exterior é a de dose padrão.

O documento é emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quem vai viajar para áreas de risco também deve tomar a vacina contra a febre amarela com 10 dias de antecedência.

 

Outras maneiras de proteção

Casa

Quem não pode tomar a vacina deve buscar alternativas para se proteger contra a febre amarela. O mosquito transmissor é mais ativo entre as 9h e 16h, portanto, mantenha as janelas fechadas nesse período para evitar a entrada do inseto. Também há a opção de instalar telas mosquiteiras nas portas e janelas.

 

Grávida

Quem está grávida deve manter braços e pernas cobertos, com blusas de manga longa e calças compridas que não fiquem “coladas”. Existem roupas com substâncias repelentes que podem ajudar a futura mamãe a ficar mais protegida. Em relação ao uso de repelente, peça orientação médica para escolher o produto mais adequado.

 

Bebês

Os bebês também precisam ficar com o corpo protegido, com roupinhas que cubram braços e pernas. O uso de mosquiteiros para berço e carrinho pode auxiliar na proteção contra o mosquito transmissor da febre amarela. Já o uso de repelentes não é recomendado em bebês com menos de 6 meses de vida. Procure orientação do pediatra.

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