Junto com o inverno chegam problemas de saúde normalmente relacionados a doenças respiratórias. Mas você sabia que com as baixas temperaturas, o tempo seco e o acúmulo de poeiras e poluição no ar deixam os bebês e crianças mais suscetíveis também à conjuntivite alérgica?
A conjuntivite trata-se de uma inflamação na conjuntiva, a membrana transparente e fina que reveste o branco dos olhos e o interior das pálpebras, podendo ser infecciosa, alérgica ou tóxica. Entre suas principais causas de contágio mais comuns estão os ácaros, pó e pólen.
Segundo a pediatra Priscila Zanotti Stagliorio, os bebês e crianças estão mais suscetíveis ao contágio de doenças e conjuntivite alérgica nesta época, porque parte do seu sistema imunológico não está totalmente formado. “As mães de bebês e crianças até cinco anos – faixa etária com maior incidência de doenças – devem manter cuidados sobre a higiene, utilizar produtos indicados para a idade da criança, pois podem ser os desencadeares de alergias e problemas de pele. Também é bom ter cautela no outono e no inverno sobre frequentar locais fechados, com pouca ventilação e com concentração de muitas pessoas para evitar o contágio de viroses e até mesmo doenças típicas da estação”, afirma a pediatra.
Diferenças entre conjuntivite alérgica e conjuntivite infecciosa
A conjuntivite alérgica é muito comum no inverno, não é contagiosa e atinge os dois olhos ao mesmo tempo causando uma secreção mais esbranquiçada. Já a conjuntivite infecciosa é mais comum no verão, sendo altamente contagiosa, sendo a irritação causada por bactérias e vírus.
Para identificar qual é o motivo ou tipo de conjuntivite, é importante a avaliação do médico, lembrando que as bacterianas e o vírus podem evoluir para outras doenças mais graves, como meningite, pneumonia e até cegueira quando não tratada.
Tratamento
Conforme a orientação da pediatra Priscila Zanotti, o primeiro passo diante deste quadro é identificar os principais sintomas, como incômodo causado pela luz, inchaço dos olhos e pálpebras e olhos vermelhos e lacrimejantes. Feito isso, é importante buscar a ajuda de um pediatra ou oftalmologista especializado para evitar o progresso de bactérias e possíveis inflamações mais graves.
É importante ressaltar que as mamães evitem o uso de Água Boricada, chás ou qualquer outra substância antes de ter certeza, sob orientação médica, do tratamento adequado para o seu pequeno. “Antigamente era comum usar Água Boricada, mas atualmente não é recomendado devido ao alto risco de intoxicação, pois o ácido bórico pode causar lesões e ser absorvido pela vista. Para higienizar as vistas e limpar as secreções, prefira o uso de água filtrada e soro fisiológico”, comenta Zanotti.
Principais recomendações
- Ao secar os olhos do pequeno, procure usar gazes e separar um para cada olhinho. Descarte-os em seguida. Se quiser, pode utilizar algodão, mas cuidado ao aproximar das vistas da criança, que já estão sensíveis e podem ficar ainda mais irritadas com o contato. Para fazer essa limpeza as mãos devem estar completamente limpas. Para maiores orientações, converse com o pediatra da criança;
- Manter a higiene do ambiente em que o bebê fica é importante para o tratamento, assim. Por isso, deixe a casa arejada para a renovação do ar;
- Trocar os lençóis e roupas da criança com frequência para evitar novas crises de alergia;
- Evite esfregar os olhos da criança com panos, algodão e até mesmo com a mão;
- Evitar a troca de objetos, que podem estar contaminados, com outras crianças e ou membros da família;
- Não encaminhar a criança para a escola e, também, não ter contato com outras pessoas, além das que cuidam dela.