“Adoçantes à base de stevia e sucralose são os mais seguros”
O sabor doce é um desejo inato do ser humano e a sua preferência é conhecida desde o ano 1000 a.C. Antigamente, o açúcar era encarado como uma especiaria ou medicamento, passando mais tarde a ser visto como um complemento alimentar. Atualmente, utilizam-se substitutos do açúcar, os edulcorantes ou adoçantes, que, como o próprio nome indica, substituem o açúcar na composição de alimentos.
Os adoçantes ou edulcorantes são aditivos alimentares que são adicionados intencionalmente em qualquer fase de processamento alimentar e podem ou não contribuir para o valor energético do gênero alimentício resultante. Encontram-se disponíveis na forma líquida, em pó ou em comprimidos, podendo fazer parte dos ingredientes que constituem o produto alimentício, substituindo parcialmente ou totalmente o açúcar que lhe seria adicionado.
De acordo com os resultados de pesquisas recentes, adoçantes à base de stevia e sucralose são os mais seguros. Consequentemente, é sempre melhor optar por produtos que contenham esses tipos em sua composição. A stevia é um adoçante natural extraído de uma planta de mesmo nome. Seu inconveniente é ter um sabor residual amargo muito intenso, que não cai no gosto de algumas pessoas. A sucralose é o adoçante que apresenta sabor mais próximo ao do açúcar, já que é um derivado da cana que tem sabor bastante agradável. Mas ela não é totalmente inofensiva: estudos têm mostrado que a sucralose poderia atuar de forma negativa no intestino, diminuindo as bactérias benéficas que o colonizam.
Os demais ainda estão sob suspeita: o ciclamato foi banido nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration). No Brasil, ainda é amplamente utilizado, principalmente nos refrigerantes diet, light e zero. Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não se manifesta, o melhor é ler o rótulo do produto para conferir qual é o adoçante empregado na formulação.
Aspartame e sacarina sódica devem ser evitados pelas gestantes e crianças, pois não há um consenso sobre a sua segurança durante a gestação ou no desenvolvimento infantil.
Devemos estar cientes de que, mesmo quando liberados, os adoçantes devem ser utilizados com moderação, não devendo ultrapassar a quantidade máxima permitida de 15 mg por Kg por dia para sucralose e 5,5 mg por Kg por dia para a stevia.
Algumas crianças apresentam restrição ao uso de açúcar, como é o caso dos diabéticos, sendo necessário o uso de adoçantes artificiais. Para as crianças que apresentam excesso de peso, temos que tomar cuidado com o uso abusivo destes produtos. Antes de optar pelo adoçante, é melhor recorrer a uma reeducação alimentar, supervisionada pelo endocrinologista pediátrico. Neste caso, é válido experimentar o açúcar mascavo, muito mais nutritivo do que o refinado, ou mel. Outra boa atitude é refletir se o alimento realmente precisa ser adoçado. Alguns sucos, por exemplo, já contam com o sabor adocicado natural da fruta, proveniente da frutose.
Aspartame e sacarina sódica devem ser evitados pelas gestantes e crianças, pois não há um consenso sobre a sua segurança durante a gestação ou no desenvolvimento infantil.