Pode até ser que a gente não se esqueça mesmo. Mas quando deverá ser a primeira vez para que esse momento seja muito curtido, sem traumas, sem preocupações e sem problemas posteriores?
Acompanhe essas sugestões e converse com seu pediatra sobre outras “primeiras vezes”. Essas dicas podem ajudar muito a transformar essa primeira vez em uma experiência inesquecível, mas pela alegria e não pelos problemas.
Quando dar os primeiros passeios com o bebê?
Antigamente se falava (e ainda hoje, em alguns lugares) em resguardo, que durava de 30 a 45 dias. Podemos mudar o nome, o tempo pode ter passado, mas algumas coisas não mudam.
Foram 9 meses de grandes transformações para a mamãe, para o recém-nascido e para o papai também. Um período de novas emoções, mudanças físicas e psicológicas, que requer uma pausa para reflexão e recuperação de energias para uma nova e não menos cansativa jornada.
Assim, é importante que, pelo menos até a segunda consulta com o pediatra (a primeira deve ocorrer entre 7 e 10 dias de vida), mamãe e bebê fiquem em casa, se conhecendo, criando uma cumplicidade que vai durar por toda a vida. O bebê, nesse período, precisa mamar (aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida) e descansar.
A mamãe, por sua vez, precisa se alimentar bem, ter uma boa hidratação e repousar para estar sempre bem disposta e cuidar de seu bebê.
O papai também está convidado a participar desse processo, ora provendo à mamãe as condições para o aleitamento adequado e para seu descanso, ora participando do processo, conhecendo esse filho, que também é dele.
O ideal é que os primeiros passeios ocorram entre 30 e 45 dias de vida. Até essa data, o bebê já está vivendo dentro de uma rotina de horários para amamentação, sono, banho, troca de fraldas, já terá recebido as vacinas adequadas e a mamãe estará mais disposta, recuperada e segura.
O bebê precisa de uma rotina e tudo que modifica o seu dia pode, se o seu limite não for respeitado, trazer transtornos tanto à sua alimentação (aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, nunca é demais lembrar), como ao seu sono e ao seu estado emocional.
Quando levar o bebê para a praia ou piscina?
Segundo orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o protetor solar só pode ser usado a partir do 6º mês de vida. Assim, o bebê não deve ser exposto ao sol direto antes disso.
Trabalhos mostram que otite externa aguda é uma doença extremamente comum em países tropicais, especialmente no verão. A possível contaminação da água de praias e piscinas pode ter alguma influência nesses quadros.
A prática da natação deve ser direcionada a crianças maiores de 1 ano de idade, pelo maior risco de otites até essa fase.
Assim, o ideal é que se espere pelo menos até o 6º mês de vida para levar um bebê a uma piscina ou até a praia.
Na piscina, ele não deve mergulhar e deve-se ter cuidado com água no ouvido. Na praia, é preciso ter cuidado com a areia e o mar (os bebês levam tudo que têm na mão à boca).
Após o 6º mês, deve-se usar protetor solar de fator 15 para cima, passado 30 minutos antes da exposição, repetido a cada 2 horas e sempre que a criança se molhar (entrando na piscina ou no mar).
É ideal levar o bebê ao sol até as 10 horas da manhã e após as 16 horas, quando o sol é menos prejudicial à pele, lembrando sempre de hidratá-lo com frequência.
A primeira viagem de avião do bebê
As festas de fim de ano e as férias representam um bom motivo para a aproximação dos familiares e isso pode requerer uma viagem. Não raro, esse deslocamento precisa ser feito de avião.
Mas você acabou de ter um nenê. Como fazer?
O ideal é evitar essa viagem caso o recém-nascido tenha menos de 7 dias de vida. Se for possível, aguarde pelo menos até que o bebê possa ir sentadinho em cadeiras estilo bebê-conforto.
Até os 2 anos de idade, na maioria das companhias aéreas, o bebê pode ir no colo de um adulto, sem necessidade de assento especial.
Mas, e tudo costuma ter um mas, isso pode depender do tempo e do horário da viagem. Viagens longas e noturnas aumentam a dificuldade por interferir no sono do adulto, impossibilitando o colo.
Assim, alguns cuidados são interessantes:
Escolha um voo direto, sem conexões, diminuindo o tempo de viagem;
Avise à companhia aérea que você vai viajar com seu bebê para que ela reserve um local preferencial (primeiro banco, por ser mais amplo, ou local onde se possa colocar um bercinho para que ele fique mais confortável);
Leve uma bagagem de mão com fraldas e material para higiene e mamadeiras (se você não amamenta) suficientes para o período da viagem;
Chegue mais cedo para seu check-in;
Você pode levá-lo no carrinho até a porta do avião e, a partir daí, só no colo. O carrinho deve ser entregue ao pessoal de bordo para que seja colocado junto à bagagem e na saída seja entregue de volta a você para uso;
O ar-condicionado do avião costuma ser forte e é usado durante todo o período da viagem. Se a ventilação for individual (saída de ar), feche as saídas (desligue). De qualquer forma, lembre-se de levar um agasalho extra para o bebê;
Teoricamente, a cabine deveria ser pressurizada e não trazer nenhum desconforto para nossos ouvidos. Mas sabemos que, geralmente, isso não acontece. Dessa forma, para aliviar essa questão da pressão, deixe o bebê sugar (seio, mamadeira, chupeta) tanto na decolagem quanto na aterrissagem e tente colocá-lo “de pezinho” em você;
Se seu bebê estiver resfriado, faça higiene nasal com soro fisiológico ou qualquer outro medicamento recomendado pelo seu pediatra, impedindo que a obstrução nasal agrave os problemas relacionados à pressão nos ouvidos;
Um bebê chorando durante uma viagem de avião incomoda muito os pais e os outros passageiros. Quando isso ocorrer, amamente (se for fome), troque as fraldas (se elas estiverem molhadas ou sujas) ou agasalhe-o (se for frio). Algumas vezes, as crianças ficam irritadas por estarem deitadas por muito tempo. Assim, pegue o bebê no colo e tente caminhar com ele pelo corredor para tentar acalmá-lo;
Confirme e pergunte: crianças com menos de dois anos pagam 10% da tarifa se viajarem no colo dos pais. Entre dois e doze anos, pagam entre 50 e 70% do valor da passagem do adulto, com direito a assento.