A pele da criança é diferente da pele do adulto. Nos pequenos, ela é mais fina, tem menos cabelo e as glândulas sudoríparas são menos ativadas. Em um recém-nascido, por exemplo, tem menos fibras elásticas e colágenas. Isso porque na infância a penetração de substâncias tóxicas pela pele é muito maior. “E os cuidados devem ser redobrados, pois é mais fácil os pequenos desenvolverem bolhas ou feridas ao serem expostos ao calor, irritantes químicos, traumatismos, além das doenças inflamatórias”, diz o dermatologista Fernando Passos de Freitas.
Enumeramos as doenças de pele mais comuns entre os pequenos, confira:
Dermatite seborreica: é um tipo de caspa que, geralmente, surge de forma leve na cabeça do bebê. No entanto, pode evoluir e se espalhar para outras regiões do corpo. É muito comum e pode desaparecer ao longo dos meses.
Cútis marmorata: espécie de rendilhado que surge na pele do bebê nos dias mais frios, devido a uma reação vasomotora. É considerada normal.
Icterícia fisiológica: mais popular, é identificada quando a pele do bebê fica em um tom amarelado; se não desaparece em alguns dias, um médico deve ser consultado.
Substância caseosa: uma camada que recobre a pele, semelhante ao efeito do verniz. Não deve ser removida, pois possui função bactericida e acaba se soltando naturalmente com a sequência de banhos.
Lanugem: são pelos que alguns bebês têm no rosto, tronco e costas, mas que são eliminados de forma natural.
Hiperpigmentação dos genitais: alguns bebês podem apresentar um tom mais escuro nos órgãos genitais, que desaparece com o tempo.
Hiperplasia sebácea: são bolinhas que surgem na região do nariz e somem em pouco tempo.
Dermatite das fraldas: ocorre devido à ação irritativa da amônia da urina, associada às bactérias ou fungos presentes na região. Desaparece totalmente, até sem tratamento, quando a criança para de usar fraldas.
Dermatite de contato: como a criança tem a pele mais delicada, é mais suscetível à alergia. Por isso, é melhor evitar talcos perfumados, hidratantes e sabonetes.
Pintas e manchas de nascença: o bebê pode nascer com uma mancha vermelha na nuca, porém a lesão normalmente desaparece. Se a criança tiver alguma pinta de nascença escura, deve ser avaliada por um especialista, para evitar evolução para outro tipo de lesão.
Dermatite atópica: inflamação crônica das camadas superficiais da pele, geralmente associada a outros distúrbios alérgicos, embora ainda não se saiba direito a razão. Por isso, é mais comum em quem tem asma ou quando existem asmáticos na família. Estresse emocional, mudanças de temperatura ou de umidade, infecções cutâneas bacterianas e o contato com tecidos irritantes, em especial a lã, estão entre as causas mais comuns. Em bebês, é ainda causada por alergias alimentares.