É normal andar na ponta dos pés? Descubra já

É normal andar na ponta dos pés? Descubra já

É normal andar na ponta dos pés?

Os primeiros passos do bebê são muito marcantes para a família, mas é normal andar na ponta dos pés? 

 

Uma das fases mais emocionantes do desenvolvimento do bebê é quando ele começa a engatinhar com maior firmeza. Isso porque esse momento proporciona a confiança necessária ao pequeno para arriscar a dar os primeiros passos. É normal andar na ponta dos pés, em um primeiro momento, uma vez que a criança tenta se equilibrar de várias formas. Entretanto, é importante ter atenção. Se esse comportamento for constante, pode ser um sinal de alerta. Venha conosco e saiba tudo sobre esta fase tão encantadora. 

 

Até que idade é normal andar na ponta dos pés?

Criança dando seus primeiros passos

 

Se, mesmo após crescidinha, a criança insistir em caminhar com os calcanhares levantados, é possível que ela esteja com um problema denominado marcha equina. A causa dessa disfunção, na maioria das vezes, está ligada à imaturidade do sistema nervoso.   

O que ocorre em casos como esse é que a criança apoia os calcanhares no chão apenas quando para de andar devido à falta de controle motor adequado. Com o passar do tempo, esse hábito pode se corrigir de forma natural. Por isso, pode-se dizer que é normal andar na ponta dos pés, mas em situações isoladas pode ser que a criança precise fazer tratamento.   

É importante salientar que, mesmo sabendo que é normal andar na ponta dos pés, essa questão não deve ser ignorada em hipótese alguma. Por outro lado, a família nunca deve tentar forçar o pequeno a andar com os calcanhares tocando o chão, pois isso pode provocar dor. Dentro do parâmetro ideia de desenvolvimento, a criança deve começar a andar de forma adequada até os 5 anos de idade. Após essa faixa etária, se a marcha equina perdurar, os problemas podem ser mais delicados, como o encurtamento do tendão de Aquiles.  

 

Cuidados com o tendão de Aquiles 

Tendão de Aquiles visto em radiografia

 

Também chamado de tendão calcâneo, o tendão de Aquiles é responsável por ligar o osso do calcanhar à musculatura presente na panturrilha. Uma vez que esse tecido é encurtado, a criança não consegue esticar os pés no chão para caminhar.   

Para proporcionar a mobilidade necessária a esse tendão encurtado, isto é, esticá-lo, uma cirurgia simples é o tratamento mais recomendado pela maioria dos pediatras. Todavia, também é possível solucionar o problema com um bom planejamento de fisioterapias, essa escolha depende da orientação médica e da decisão da família.   

Caso a criança passe pela cirurgia corretiva de tendão, ela precisará usar uma órtese, ou seja, uma prótese de plástico com velcro. Essa palavra vem do termo “orthos”, que quer dizer direito e reto. Além de usar a bota, no pós-operatório, sessões de fisioterapia também são importantes para a recuperação da criança. Isso porque a fisioterapia auxilia no processo de reabilitação e acelera o progresso como um todo, para que a criança volte a andar normalmente.

Nesse período, é de extrema importância que a família apoie, incentive e mantenha a tranquilidade.  

  

O que os pais devem observar? 

É normal andar na ponta dos pés?

 

Para saber se é normal andar na ponta dos pés, isto é, se esse comportamento não vai se tornar uma questão preocupante no futuro, os pais devem observar algumas coisas. Por exemplo, se os passos são eficientes e coordenados, ainda que na ponta dos pés, é possível que não se torne um problema posteriormente. É importante observar também se, em determinados momentos, a criança consegue caminhar o pé inteiro no chão. Pois esses são indícios de que, naturalmente, a condição deve desaparecer com o tempo.  

Por outro lado, se for notado problemas de equilíbrios, tropeços frequentes e maiores dificuldades de locomoção, o pediatra deve ser consultado desde cedo para avaliar o quadro.

 

Problemas de desenvolvimento   

Os problemas de desenvolvimento ortopédicos podem ser identificados a partir da marcha equina. Isso porque é muito difícil identificar qualquer anormalidade desse tipo assim que o bebê nasce. Afinal, até aproximadamente os oito meses, o máximo que o bebê consegue realizar são os movimentos de engatinhar. Os primeiros passinhos começam a acontecer, normalmente, entre nove meses e um ano e meio, justamente o período em que a coordenação motora pode ser melhor avaliada.   

Em cerca de 80% a 90% dos casos, é normal andar na ponta dos pés. Todavia, uma vez que esse hábito de não encostar os calcanhares no chão ao caminhar, pode estar associada a questões ortopédicas, malformação do tendão de Aquiles (conforme supracitado), problemas genéticos e até mesmo autismo infantil 

Criança brincando

A paralisia cerebral, em alguns casos, pode provocar uma desordem na função muscular. Andar na ponta dos pés, às vezes, é apenas um reflexo dessa condição que prejudica a postura e movimentos. A distrofia muscular é uma condição genética em que as fibras musculares se tornam propensas ao enfraquecimento e se danificam. Diferentemente da maioria das crianças que apresentam marcha equina desde os primeiros passos, nessa situação a caminhada se inicia de forma normal e, com o passar do tempo, o bebê começa a utilizar apenas as pontas dos pés.  

Já em relação ao Transtorno do Espectro Autista, ao contrário do que muita gente acredita, a comunicação e interação não são as únicas áreas de desenvolvimento afetadas. O aprendizado motor também sofre com determinados impactos, incluindo a caminhada fora do padrão. Dentro da população pediátrica, estima-se que entre 7 e 24% apresentam a marcha equina durante os primeiros passinhos.

A maioria não apresenta alterações nos reflexos dos tendões e deficiência de tônus muscular. Quando é dito que é normal andar na ponta dos pés, portanto, significa que essa marcha equina é idiopática. O que significa que não existe qualquer condição de saúde ou causa específica que impeça a criança de aprender a caminhar adequadamente.  

Quando a marcha é idiopática, novamente, não é patológica. Costuma acometer igualmente os dois pés assim que o bebê começa a andar com autonomia e não é progressiva. Os estudos científicos apontam que esse pode ser um padrão familiar, isto é, parentes de primeiro ou segundo grau caminhavam da mesma forma durante os primeiros passos e melhoravam antes de completarem 5 anos de idade.  

Pai examinando o joelho do filho

 

Desse modo, é bom consultar familiares para entender o padrão do desenvolvimento da caminhada na infância dos pais. Todas as observações devem ser relatadas ao pediatra e ao ortopedista pediátrico. Sempre que os problemas são tratados no início, é possível evitar que algo mais sério se desenvolva.  

 

A importância do calçado adequado   

Após o diagnóstico médico, é possível que o ortopedista pediátrico indique sapatos para o bebê que proporcionem segurança, equilíbrio e até mesmo a formação do arco plantar (curvatura adequada na sola dos pés). Isso quer dizer que os calçados devem oferecer uma tecnologia dinâmica, que possa simular a caminhada descalça. Isso é muito importante para estimular a musculatura dos pés.  

A palmilha ideal posiciona os pés no chão de forma favorável, assim o bebê tem maior confiança para apoiar o pé por inteiro na hora de andar. Desse modo, toda a musculatura inferior é aguçada.  

É normal andar na ponta dos pés se a criança não estiver com calçados adequados

 

As principais características dos sapatos anatômicos ideais são:  

 

  • Curvatura do solado; 
  • Flexibilidade; 
  • Base bem alargada;  
  • Espessura confortável;  
  • Espaço para a movimentação dos dedos. 

 

Em suma, um calçado adequado não pode interferir no desenvolvimento natural dos pezinhos, mas estimulá-lo para que a criança caminhe de forma correta. Assim, outros problemas ortopédicos também podem ser prevenidos, como: dedos retraídos, pé torto e pé plano.   

É normal andar na ponta dos pés, mas observe todo o desenvolvimento do pequeno. Se houver sinais preocupantes, os papais devem ter atenção e tranquilidade para conduzir a situação da melhor forma. 

Leia também: Como saber se o bebê está com dor?

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