Problemas de comportamento em crianças pequenas

Problemas de comportamento em crianças pequenas

Problemas de comportamento em crianças pequenas

Falta de apetite, manha para dormir, birra, contar mentiras e agressividade são comportamentos que, apesar de comuns em crianças pequenas, deixam os pais atordoados, sem saber como agir. Muitos valem-se de castigos; outros, de agressividade; outros, ainda, tentam a chantagem emocional ou cedem aos caprichos da criança, mas nem sempre tais atitudes conseguem impedir a falta de controle dos adultos e o olhar recriminatório das pessoas que observam a cena.

A pergunta, então, é inevitável: Como agir? Como lidar com tais problemas sem se sentir um carrasco?

Não há uma fórmula única, porque cada criança e cada família são diferentes, e todos os recursos devem ser adaptados a circunstâncias e necessidades específicas; porém, você deve ser firme em suas atitudes e decisões.

Veja algumas sugestões que, talvez, possam ajudá-lo na resolução de alguns problemas:

FALTA DE APETITE

Normalmente, esta é a queixa mais comum que se ouve em relação a crianças de 1 a 3 anos de idade.

Os pais geralmente se preocupam com a quantidade de alimento ingerida pela criança com receio de que a não alimentação comprometa o crescimento dela; no entanto, se a criança é ativa e cresce a um ritmo normal, as preocupações nesse sentido devem ser deixadas de lado.

Além disso, a hora de refeição não deve se tornar um momento de tormenta. A recusa da criança em comer nunca deve ser objeto de desaprovação ou castigo. Se houver resistência durante as refeições, tente descobrir o que pode estar causando a falta de apetite e procure remediar a questão sem comentários (tente, por exemplo, diminuir a quantidade de alimentos colocados no prato e dê à criança um prazo para comer (20/30 minutos). Ao término desse tempo, retire o prato sem qualquer manifestação de aprovação ou reprovação e observe os resultados. A ajuda de um profissional é fundamental. Procure conversar sempre com o pediatra da criança.

PROBLEMAS NA HORA DE DORMIR

Normalmente, as crianças pequenas têm problemas relacionados com o sono: resistem em ir para a cama, acordam no meio da noite ou saem da cama com desculpas de terem sede, de quererem ficar mais um pouquinho acordadas ou de irem para outra cama. Nesses casos, a coerência é a melhor saída na resolução do problema: as crianças se desenvolvem melhor se houver uma rotina diária. Portanto, é muito importante que tenham uma hora certa de ir para a cama.

Se tais situações forem tratadas com firmeza, aliadas à calma, obrigando o pequeno a voltar para a cama sem maiores comentários, ao fim de uma ou duas semanas o problema estará resolvido. A criança pode até fazer a maior choradeira a princípio (é um tipo de teste, chantagem emocional), mas não tardará a se acalmar.

ATAQUES DE BIRRA

Situações embaraçosas, como ter seu filho prostado no chão do supermercado aos gritos, esperneando, fazem qualquer ser humano normal perder o controle.

Os olhares críticos e insinuações alheias são perturbadores e, não raras vezes, gritos e “tapinhas” fazem parte do repertório educacional dos pais. No entanto, tudo isso poderia ser evitado, pois tal comportamento infantil acontece por motivos absolutamente triviais: a criança pode estar se sentindo frustrada por qualquer coisa insignificante ou por lhe ter sido negado algum pequeno desejo. Todas as crianças normais têm acessos de ira ocasionais, que começam por volta dos 18 meses, atingem o auge perto dos 2 anos e desaparecem aos 3.

Por ainda não saberem lidar com as decepções e com os fracassos do dia a dia, as crianças sentem-se frustradas, e a fúria e a irritação são uma forma de demonstrarem seus sentimentos.

Muitas vezes, as emoções das crianças são a resposta aos limites impostos pelos pais, por mais justificados que sejam. O que distingue os ataques normais dos anormais é sua frequência e intensidade: uma criança que se entrega a acessos de fúria diários durante um longo período pode estar reagindo a tensões familiares (morte, divórcio, mudança de casa, mudança de escola etc.).

Em relação às fúrias normais, não as encare como algo pessoal nem tente contrapor suas razões. Assim que começarem os pontapés e as gritarias, tente resolver rapidamente o problema, com calma e sem palavras, antes de se aborrecer e se descontrolar. Se estiver em público, leve a criança para um lugar mais afastado até a crise passar. Ao chegar em casa, leve-a para o quarto, feche a porta, deixe-a chorar e em pouco tempo ela se acalmará.

CONTAR MENTIRAS

Os pais costumam ficar muito preocupados na primeira vez que descobrem que o filho mentiu. Mas o problema não é tão grave assim, desde que os pais deem o exemplo correto.

Para as crianças pequenas, realidade e fantasia se misturam. Algumas arranjam amigos imaginários e lhes atribuem ações e culpas, pois ainda não aprenderam a dar um significado moral às mentiras.

Um diálogo aberto, franco e afetuoso entre pais e filhos e a educação pelo exemplo são o melhor remédio contra a transformação da mentira num hábito.

No entanto, se a criança mentir, não a coloque em uma cadeira até ela confessar o deslize. Essa atitude provavelmente não vai melhorar o comportamento dela. O caminho é a confiança e a valorização: quanto mais a criança perceber o grande valor que o pai e a mãe dão à verdade e à confiança mútua, menos provável será que a mentira se torne um problema grave quando ela crescer.

COMPORTAMENTO AGRESSIVO

Lidar com outras pessoas não é uma tarefa fácil.

Imagine, então, o que é para uma criança, até então centrada em seu próprio mundo, ter de lidar com outras crianças e, geralmente através das brincadeiras, participar das inevitáveis disputas por um brinquedo, por vezes acompanhadas de socos, mordidas e gritos.

Uma das lições mais importantes a aprender nos primeiros três anos de vida é a partilha com os outros, e nem todas as crianças aprendem esta lição tão depressa e tão bem. Aquilo que pode parecer engraçadinho num bebê de 1 ano poderá tornar-se um sério problema quando ele entrar para a escola e, então, o egoísmo, o egocentrismo e a intolerância poderão manifestar-se.

A criança é um ser imitador por natureza; portanto, a agressão infantil é, geralmente, decorrente da imitação dos pais, de outras crianças e de personagens da televisão.

As crianças mais agressivas brincam melhor em ambientes espaçosos e com liberdade, e devem ser vigiadas até melhorarem sua sociabilidade.

Por vezes o castigo pode ser uma atitude aceitável. Mas não o castigo físico. Melhor é escolher um local bem entediante da casa (por exemplo, uma cadeira virada para a parede), e deixar a criança ali, pensando no que fez, por alguns minutos (o tempo médio de castigo é de 1 minuto por ano de idade). Ao final do tempo, o castigo cessa e os pais não devem voltar a enfatizar o motivo que levou à punição.

De uma forma geral, as crianças sentem-se mais seguras quando conhecem os limites impostos pelos pais: tornam-se mais confiantes e descontraídas se percebem que um determinado comportamento de sua parte provoca sempre a mesma reação (positiva ou negativa).

Os pais, por sua vez, devem fixar as regras juntos. De nada adianta ter opiniões diferentes em relação à educação do filho. Isso só fará com que ele se porte como um anjo com um dos pais e como um diabinho com o outro. As crianças precisam de doses regulares de aprovação de ambos os pais para poderem discernir entre o certo e o errado.

Todas as crianças precisam aprender a desenvolver e a ter sua identidade como indivíduos. Para que isso aconteça, reservar alguns minutos por dia para conversar com os filhos é fundamental (conte uma história, fale do que fez durante o dia, os planos para o dia seguinte, etc.).

Aproximar-se do mundo que as crianças conhecem é trazê-las para perto de você. É, desde tenra idade, estabelecer um vínculo de confiança mútua que criará caminhos, abrirá as portas para um diálogo mais franco e sincero no decorrer da juventude e, principalmente, da adolescência.

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